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segunda-feira, novembro 4, 2024
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Produção e emprego crescem, mas falta de trabalhador qualificado afeta indústria no RS

Apesar dos desafios enfrentados pela indústria gaúcha, como carga tributária elevada e demanda interna insuficiente, o setor registrou crescimento em produção e emprego em setembro, segundo a Sondagem Industrial da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul). O índice de evolução da produção atingiu 50,4 pontos, demonstrando uma leve expansão, ainda que abaixo dos 55,9 pontos de agosto, mas acima da média histórica do mês (48,3). O presidente da Fiergs, Claudio Bier, destacou que o resultado é significativo, especialmente após as enchentes que afetaram o estado.

O emprego também registrou crescimento pelo terceiro mês consecutivo, com o índice de 51,7 pontos em setembro. No entanto, a expansão desacelerou em relação ao mês anterior (53,3 pontos). Além disso, a utilização da capacidade instalada caiu para 71% em setembro, mantendo-se na média histórica, mas ainda considerada baixa pelos empresários, que indicam uma ociosidade indesejada no setor.

Os estoques de produtos finais permanecem abaixo do esperado, sugerindo uma possível expansão na produção nos próximos meses para atender a demanda reprimida.

Principais desafios

A pesquisa revelou que a falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados se tornou o terceiro maior obstáculo para a indústria, citado por 27% dos empresários – o maior índice desde 2014. Esse problema, anteriormente na quinta posição, mostra uma elevação significativa em relação ao trimestre anterior (17,8%). Já a elevada carga tributária e a demanda insuficiente continuam como os principais entraves.

Logística de transporte, que anteriormente era um problema relevante, perdeu destaque, embora os efeitos das enchentes ainda afetem o setor, segundo a Fiergs.

Expectativas futuras

Apesar do crescimento atual, os empresários demonstram maior cautela em relação ao futuro. Houve uma redução nas expectativas de demanda, exportação e investimento. O índice de intenção de investimento caiu para 56,2 pontos, embora ainda esteja acima da média histórica. Esse cenário de cautela reflete incertezas sobre o crescimento sustentável do setor, especialmente considerando as dificuldades em atrair mão de obra qualificada.

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