Em razão do agravamento da pandemia e dos respectivos efeitos na economia, a Receita Estadual divulgou versão simplificada do Boletim sobre os impactos da Covid-19 nos principais indicadores econômico-fiscais do Rio Grande do Sul.
Normalmente de periodicidade mensal, a publicação apresenta dados da primeira quinzena do mês de março sobre a emissão de notas fiscais eletrônicas, vendas por setor de atividade e arrecadação de ICMS. Divulgado na sexta-feira (19), o boletim está disponível no Receita Dados, portal de transparência da instituição.
A emissão de notas eletrônicas (Nota Fiscal Eletrônica + Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) registrou variação positiva de 9,3% na primeira quinzena de março frente ao período equivalente do ano anterior, dando sequência ao movimento verificado desde junho de 2020. O pior resultado do indicador ocorreu em abril de 2020 (-16,7%). No acumulado do período da crise (16/3/20 a 15/3/21), o indicador agora acumula ganho de 5,6%.
Na análise das vendas por atividade, indústria (+18,3%) e atacado (+10,2%) apuraram crescimento no período frente a 2020. O varejo, afetado pelas medidas restritivas para conter o avanço do vírus, registrou -6,6% nas duas primeiras semanas de março, interrompendo uma sequência de sete meses consecutivos de variações positivas.
Com os resultados, no acumulado da crise, o setor industrial agora apresenta 9,8% de crescimento, seguido pelo atacado (+5%) e pelo varejo, que tem queda de 1,2%.
O desempenho da arrecadação de ICMS, por sua vez, segue positivo. A primeira
quinzena de março de 2021 totalizou R$ 2,15 bilhões arrecadados, cifra 7,6% superior ao registrado em 2020. Os valores de arrecadação do mês se referem em grande parte a fatos geradores do mês anterior.
Com o montante, a arrecadação acumulada em 2021 é de R$ 9,2 bilhões, aumento de 3,2% (R$ 362 milhões) frente ao período equivalente anterior. Na visão dos últimos 12 meses, a arrecadação total é de R$ 37,1 bilhões – queda de R$ 1,1 bilhão frente aos 12 meses imediatamente anteriores (-2,9%).