O Tribunal de Justiça marcou para a próxima quarta-feira (17) o julgamento do acusado de estuprar e matar a adolescente Maria Eduarda Zambom, de 15 anos, em Catuípe, no Noroeste do Rio Grande do Sul. O crime aconteceu em março de 2019, quando o réu, um motorista de transporte escolar, teria violentado a jovem após pegá-la de carro, sob pretexto de levá-la à escola, conforme denúncia do Ministério Público.
O g1 busca contato com a defesa do acusado.
A Justiça já havia adiado o julgamento, marcado inicialmente para ocorrer em novembro do ano passado, em razão de um pedido da defesa. Na ocasião, o advogado do acusado alegou que ele pertencia ao grupo de risco para o coronavírus.
O julgamento ocorre a partir das 9h30, no Plenário do foro de Catuípe, e será presidido pela juíza Rosemeri Oesterreich Krüger.
O acusado de 52 anos será julgado pelos crimes de feminicídio, estupro e ocultação de cadáver. Ele aguarda o julgamento preso na Penitenciária Modulada de Ijuí.
Relembre o crime
Maria Eduarda foi considerada desaparecida depois de embarcar no carro do acusado, que deveria buscá-la na manhã de 29 de março de 2019 para ir à escola. No dia seguinte, o corpo da adolescente foi encontrado com sinais de asfixia.
O MP aponta que o réu se aproveitou do fato de ser conhecido da família e dirigiu-se até a residência dizendo que a levaria ao colégio. Porém, trocou a van escolar por seu veículo particular. No caminho, parou o carro e arrastou Maria Eduarda para um matagal, obrigando-a a ter relações sexuais.
O homem foi hospitalizado com ferimentos no pescoço e no peito, em Ijuí. Depois, ainda foi encaminhado para Porto Alegre.
Em 24 de abril, ele teve alta e foi preso, sendo levado à Penitenciária Modulada de Ijuí. Em depoimento, negou o crime e apresentou duas versões.
Na primeira, disse que um motociclista armado com uma pistola o perseguiu, cortou a frente do veículo e o obrigou a asfixiar a vítima. Depois, o suposto motociclista teria cortado, com uma faca, o pescoço dele. O delegado contestou a versão.
Após ser questionado pela polícia, ele mudou a versão, afirmando que Maria Eduarda morreu por overdose. Disse que a menina o forçou a entrar com ela no mato, para que ela consumisse drogas, ameaçando inventar fatos sobre ele, caso não obedecesse.
No entanto, o laudo da perícia apontou, além da morte por asfixia, que o réu manteve relações sexuais com a vítima sem consentimento.
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