Segundo o coordenador da Câmara Setorial da Olivicultura da Seapi, Paulo Lipp, pode-se considerar uma boa safra das oliveiras este ano. “Os 29% de aumento na produção de azeites em relação ao ano passado deve-se em parte à entrada de áreas novas em produção e aos acertos de tecnologia para as nossas condições de clima e solo que os produtores e técnicos vêm aplicando. Também demonstra a característica natural das oliveiras de suportar prolongados déficits hídricos como o causado pela estiagem do último verão”, destacou.
Renato Fernandes, presidente do Ibraoliva, destacou que o paralelo 30 cruza o Estado, comprovado como ideal para a produção de oliveiras. “O Rio Grande do Sul atravessa secas constantemente e mesmo assim os números são surpreendentes. Tivemos um aumento de 100% nos lagares e isso é um crescimento incrível”, celebrou o dirigente. Ele afirmou, contudo, que um dos desafios dos produtores gaúchos é o combate aos azeites falsificados e aqueles estrangeiros que chegam com defeitos. “Estes, não são extravirgem. Possuem defeitos e azeite com defeito é virgem. O azeite de oliva é o segundo produto mais falsificado no mundo”, disse Fernandes, ressaltando o trabalho de fiscalização que tem sido feito, como os da recente operação Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa. Além disso, o presidente do Ibraoliva falou sobre necessitar de apoio para escoar safras.
Flávio Obino Filho, vice-presidente da entidade, disse que é importante conseguir explicar para o público a diferença entre o azeite produzido no Rio Grande do Sul e o de prateleira. O azeite que é produzido na Europa às vezes nem virgem é, de segunda categoria, nós compramos no Brasil como se fosse o melhor”, lastimou. O dirigente disse que “já mostramos para o mundo que temos qualidade, mas precisamos mostrar em casa. As medalhas que os azeites estão ganhando lá fora são fundamentais, mas para nós a mais importante é a do Selo Produto Premium Origem e Qualidade RS”.
O secretário da Agricultura, Giovani Feltes destacou que a produção de azeite está chegando em um estágio de escala industrial e a abertura de mercados é essencial. “Hoje temos uma área de 4,3 mil hectares em idade produtiva, mas temos cerca de 6,2 mil hectares plantados. Isso nos dá garantia que chegaremos a ter, nos próximos anos, aproximadamente 900 mil litros de azeite produzidos. E temos que achar mercado para isso”, afirmou.
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