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domingo, novembro 10, 2024
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Mulher apontada como mandante de assassinato de médico gaúcho no MS fica em silêncio, e polícia aguarda por perícias

Com informações - GZH

Apontada como mandante do assassinato do gaúcho Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos, em Dourados, no Mato Grosso do Sul, Bruna Nathalia de Paiva optou por permanecer em silêncio durante a investigação. Além da mulher de 29 anos, detida em Minas Gerais na semana passada, estão presos preventivamente outros três homens, que, segundo a polícia, confessaram ter executado o médico a mando dela.

A polícia esperava que a mulher fosse a última a ser ouvida durante a apuração e auxiliasse a esclarecer dúvidas sobre o caso. O objetivo era coletar o maior número de informações relacionadas ao crime, para depois poder questionar a suspeita de ter orquestrado o homicídio.

Responsável pelo caso, o delegado Erasmo Cubas, chefe do Setor de Investigações Gerais (SIG) em Dourados, já havia afirmado, no entanto, que havia a possibilidade de ela optar por não falar à polícia, o que acabou se confirmando.

Diferentemente de Bruna, os outros três presos — Gustavo Kenedi Teixeira, 27 anos, Keven Rangel Barbosa, 22, e Guilherme Augusto Santana, 34 —, conforme a polícia, confessaram o crime em depoimento. De acordo com o delegado, ainda na semana passada, eles apontaram a mulher como sendo a mentora do assassinato de Rossi.

Os três alegaram terem sido contratados pelo valor de R$ 50 mil, cada um, para viajar de Minas Gerais até o Mato Grosso do Sul e executar o médico. No entanto, a mulher só teria entregue R$ 10 mil para dois deles, sem arcar com o resto do pagamento.

Além de assassinar o médico, segundo os depoimentos dos três, eles teriam sido orientados a obter o celular dele. Isso porque no aparelho estariam provas da ligação entre Rossi e Bruna, envolvendo atividades ilícitas, como fraudes e estelionatos.

Os três presos foram transferidos para a Penitenciária Estadual de Dourados. A prisão para onde a mulher foi encaminhada não foi informada pela polícia.

Bruna, que vivia no município de Pará de Minas, a 1,3 mil quilômetros de Dourados, onde ocorreu o crime, era proprietária de uma loja de roupas. Segundo a polícia, ela seria a líder de um esquema de golpes do qual o médico teria feito parte. Até o momento, o que a investigação apurou indica que o crime teria sido cometido neste contexto.

Motivação De acordo com a investigação da Polícia Civil, Bruna e Rossi teriam se conhecido no período em que ele ainda era universitário. O médico, natural de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, formou-se no início deste ano na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

A investigação apontou até agora que ele teria começado a integrar um esquema que seria coordenado pela mulher. O gaúcho seria responsável por realizar saques fraudulentos de benefícios em nomes de pessoas já falecidas e utilizar cartões bancários clonados.

A polícia investiga como motivação uma dívida que Bruna teria com o médico no valor de R$ 500 mil. Os policiais ainda apuram como se formou essa dívida. Segundo o delegado, Rossi teria “prestado um serviço” para a mulher e depois passado a cobrar o pagamento. A suspeita é de que ele teria sido assassinado para não denunciar o esquema de fraudes e estelionatos.

No entanto, a polícia ainda aguarda a análise dos celulares apreendidos com os presos para obter mais informações. A intenção é descobrir se há trocas de mensagens ou outros conteúdos que possam ser acessados nos aparelhos. Os telefones foram apreendidos durante as prisões dos quatro, na semana passada.

— Estamos aguardando perícias em celulares para tentar entender um pouco mais da motivação deste crime — afirmou Cubas.

Conforme o policial, o aparelho de Rossi, que teria sido levado pelos executores e entregue a Bruna, não foi localizado. Após usar o celular para entrar em contato com familiares e amigos dele, passando-se pelo médico, Bruna teria se desfeito do smartphone.

Nessas trocas de mensagens, ela tentou obter valores dessas pessoas, segundo a polícia. O objetivo era também retardar a descoberta do crime.

O assassinato A investigação apontou que Rossi foi atraído para uma emboscada, numa casa alugada na Vila Hilda, em Dourados. O médico trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) e no Hospital da Vida. Na manhã de 27 de julho, o médico teria deixado o plantão e seguido até o local para se encontrar com um homem, indicado por Bruna.

A mulher teria alegado ao médico que esta pessoa estava buscando por um fornecedor de drogas, do qual Rossi teria o contato. Na casa alugada, no entanto, os três homens aguardavam armados com pistolas de airsoft, que teriam sido adquiridas um dia antes em Ponta Porã. O médico teria sido rendido pelos criminosos, amarrado com fios, torturado e morto por asfixia.

Após o crime, cerca de uma hora e meia depois, os executores deixaram o local. No mesmo dia, teriam regressado para Minas Gerais num voo comercial, partindo de Campo Grande.

O sumiço do médico foi comunicado à polícia em 2 de agosto. No dia seguinte, o corpo de Rossi foi encontrado nesta residência, que havia sido alugada por 15 dias. O veículo dele estava estacionado em frente à casa. Uma vizinha ligou para a polícia relatando odor desagradável e a presença do veículo parado no local há uma semana. Dentro do imóvel, os policiais encontraram o corpo de Rossi sobre a cama.

Durante a investigação, a polícia utilizou uma série de elementos para identificar o grupo suspeito de envolvimento no assassinato de Gabriel Paschoal Rossi e descobrir sua motivação. O processo de investigação envolveu os seguintes passos:

  1. Sinais do celular de Rossi em Minas Gerais: A polícia percebeu que o celular de Rossi estava emitindo sinais em Minas Gerais após seu desaparecimento, levantando a suspeita de que ele poderia ter sido sequestrado ou levado para outra região.
  2. Troca de mensagens suspeitas: Após o desaparecimento do médico, mensagens foram trocadas com familiares e amigos dele, mas a linguagem e o tom das mensagens levantaram suspeitas de que não eram realmente de Rossi. O delegado percebeu que essas mensagens eram enviadas por Bruna, possivelmente tentando se passar pela vítima.
  3. Depoimentos de conhecidos: Durante os depoimentos de amigos e pessoas próximas ao médico, o nome de Bruna surgiu como alguém que estava em contato com Rossi há algum tempo. Isso levantou mais suspeitas sobre sua possível ligação com o caso.
  4. Localização do corpo e identificação de outras casas alugadas: Com a descoberta do corpo de Rossi, os investigadores perceberam que uma outra casa havia sido alugada em Dourados para um período próximo ao crime. Essa descoberta levou a polícia a investigar a conexão entre essas casas alugadas e o grupo suspeito.
  5. Imagens de câmeras de segurança: A polícia obteve imagens de câmeras de segurança na área da casa alugada em Dourados, onde Rossi foi atraído para a emboscada. Essas imagens ajudaram a identificar os suspeitos envolvidos no crime.
  6. Rastreamento da viagem dos suspeitos: Com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da polícia mineira, a polícia conseguiu rastrear a viagem dos suspeitos desde Minas Gerais até Dourados. Isso incluiu viagens de ônibus, carro e avião, o que ajudou a traçar o caminho percorrido pelo grupo.
  7. Apreensão de evidências: Durante as prisões dos suspeitos, foram apreendidos celulares, cartões bancários, roupas e uma arma de choque. Essas evidências foram analisadas pela polícia para entender melhor o envolvimento de cada um dos suspeitos no crime.
  8. Descarte de outras hipóteses: Durante a investigação, outras hipóteses, como crime passional, foram levantadas, mas as evidências e depoimentos levaram a polícia a descartar essas possibilidades e focar nas evidências relacionadas ao esquema de fraudes e estelionatos.

O processo de investigação envolveu a análise meticulosa de evidências físicas, depoimentos de testemunhas e a colaboração de diferentes órgãos policiais para traçar o perfil dos suspeitos, entender sua movimentação e finalmente identificar os envolvidos no assassinato de Gabriel Paschoal Rossi.

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