João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) que foi encarcerado de 2015 a 2019 por envolvimento na Operação Lava Jato, ressurge no cenário político exercendo influência sobre a Petrobras durante o governo atual de Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi reportada pelo jornal O Globo.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Vaccari obteve liberdade em 2019 após cumprir parte de sua sentença e progredir para o regime semiaberto. Desde então, manteve um perfil discreto, porém continuou ativo nos bastidores do partido. Com a vitória de Lula em 2022, o PT reassumiu o controle de diversas estatais e instituições estratégicas. Gradualmente, Vaccari, conhecido por sua habilidade em articulação política e vasta rede de contatos, recuperou sua influência. Atualmente, desempenha um papel consultivo não oficial nos bastidores da Petrobras, onde sua experiência e relações são valorizadas.
Fontes próximas ao governo citadas por O Globo indicam que Vaccari tem participado ativamente das decisões estratégicas da Petrobras, especialmente em nomeações cruciais na estatal.
No entanto, sua reaparição não está isenta de controvérsias. Críticos argumentam que sua ligação com a Petrobras pode reavivar os escândalos de corrupção que afetaram a empresa e prejudicaram a reputação do partido. Grupos opositores e segmentos da sociedade civil expressaram preocupação com o impacto de figuras anteriormente condenadas por corrupção nas decisões de uma das maiores empresas do país.
A volta de João Vaccari Neto ao cenário político de influência, especialmente na Petrobras, sublinha a complexa dinâmica de poder do atual mandato de Lula. Enquanto provoca debates e críticas, também destaca a persistência de estratégias e personalidades históricas do PT na gestão das principais estatais do Brasil. O futuro determinará se a influência de Vaccari trará de volta desafios antigos de governança e transparência. Por ora, sua presença representa um momento simbólico no retorno do PT ao comando.