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sábado, outubro 5, 2024
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O Brasil lê cada vez menos: a falta de conhecimento que empobrece o país

O Brasil é um país com mais de 200 milhões de habitantes e que ostenta um índice de leitura estagnado e abaixo do ideal, mesmo para países de Terceiro Mundo. Conforme a pesquisa mais recente do Retratos da Leitura no Brasil, realizada em 2019, apenas 52% da população tupiniquim se declara leitora de livros, o que significa que quase metade dos brasileiros não buscam conhecimento e informação na leitura, muito menos aprimorar sua cultura.

Esse cenário se torna ainda mais preocupantese observarmos a média anual de leitura no nosso país: menos de 5 livros por habitante, apenas 2,5 livros lidos integralmente em 365 dias. Para se ter uma ideia, na França, a média anual é de 21 livrosanuais por cidadãopróxima a outros países de Primeiro Mundo.

As consequências deste baixo índice de leitura afetam diretamente o desenvolvimento social, cultural e educacional do Brasil. A leitura é fundamental para o estímulo do pensamento crítico, da criatividade, da empatia e da aquisição de conhecimento. Sem o contato com os livros (e outras leituras, como artigos), as pessoas ficam privadas de ferramentas essenciais para se tornarem cidadãos mais conscientes e engajados na sociedade.

E falamos tanto em “desinformação”, mas uma população que mal lê, mal entende, e é conhecida pela maioria analfabeta funcional, incluindo muitos de seus políticos, pode saber o que é informação ou desinformação? Quem detém a verdade de uma informação ou fato? A política não pode censurar diferentes opiniões, ainda mais se fundamentadas em conhecimentos adquiridos individualmente e em uma visão de mundo própria. 

Outro ponto sobre o déficit de leitura e conhecimento no Brasil é o baixo índice de venda de livros. Em 2020, a média anual de compra de livros por pessoa foi de menos de meio livro. Essa realidade impacta diretamente a indústria editorial, dificultando o investimento em novos autores e obras nacionais, além de limitar o acesso da população a diferentes gêneros literários e fontes de informação. Os preços dos livros se mostram cada vez mais altos, o que freia ainda mais a democratização da leitura. Por outro lado, autores nacionais são pouco incentivados em detrimento da indústria editorial gringa, apesar de esse cenário parecer estar, lentamente, mudando a favor dos talentos nacionais. 

Ciante desta estagnação cultural, o governo brasileiro, ONGs, autores e a sociedade civil devem se unir para promoção da leitura no Brasil.Algumas medidas práticas: investir em bibliotecas públicas, ampliar o acesso a livros, principalmente em áreas menos favorecidas, incentivar a leitura desde a infância, desonerar a indústria editorial nacional, incentivar autores brasileiros, são algumas medidas essenciais para mudar esse panoramadesalentador.

Despertar o interesse pela leitura através de campanhas de conscientização é vital, por meio de eventos literários e ações que aproximem os livros da população. Assim criarndoum ambiente propício para que a leitura se torne um hábito prazeroso e acessível a todos, e que venha a contribuir para o desenvolvimento individual e coletivo da Nação – vivemos em uma guerra de ódio coletivo, político, ideológico, religioso e moral, em que muito se “lacra” e pouco se pesquisa.

O futuro do Brasil depende da capacidade de sua população de se informar, refletir e aprender. A leitura é a chave para abrir as portas para um mundo de conhecimento e possibilidades, e investir nela é galvanizar o futuro do país, combater a desinformação e a detenção da “informação verdadeira” por comissões com viés político e autoritário. Afinal, quem lê fala melhor, pensa mais, age. Sabemos que isso não é do interesse de muitos da elite ou de grupos extremistas – que o povo adquira conhecimento e cultura. Então, nademos contra a correnteza, visto que cultura é um ingrediente básico em países desenvolvidos e que elegem políticos bem preparados, a despeito dos falastrões e velhos conhecidos, além de conscientizar a população sobre os mais variados temas. 

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