Na sequência da recente inundação em Porto Alegre, um levantamento municipal revela que 45 mil empresas foram diretamente afetadas pelo desastre. No Quarto Distrito, especificamente, a Associação dos Empresários Vítimas da Enchente contabilizou 4,3 mil empresas impactadas. No entanto, apenas 3 mil empresas da capital gaúcha conseguiram acessar linhas de crédito oferecidas pelo Governo Federal para ajudar na recuperação de suas operações.
Júlia Tavares, secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, destacou as dificuldades enfrentadas, mencionando que setores como restaurantes, com 3 mil estabelecimentos afetados, e o comércio varejista de roupas, com outras 7 mil empresas atingidas, enfrentam particular desafio na obtenção de recursos financeiros acessíveis.
Arlei Romeiro, presidente da Associação dos Empresários do Quarto Distrito Vítimas da Enchente, também criticou a insuficiência dos recursos federais disponíveis. Rafael Goelzer, vice-presidente de Integração da Federasul, lamentou a falta de esforço visível por parte do Governo Federal em resolver as dificuldades enfrentadas pelas empresas para acessar crédito e reiniciar suas atividades.
“Embora existam linhas de crédito, continuam existindo exigências severas. Empresas localizadas em áreas afetadas diretamente pela inundação necessitam de apoio financeiro substancial. Além disso, enfrentamos uma ‘segunda onda’ de impacto econômico, afetando negativamente setores como o de importação e exportação. É crucial que o governo reconheça essa situação excepcional e responda de maneira adequada às necessidades emergenciais do Rio Grande do Sul”, ressaltou Goelzer.
