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sexta-feira, outubro 18, 2024
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Maduro Ataca Imprensa Internacional e Ameaça com “Banho de Sangue” em Caso de Derrota

Em comício, ditador venezuelano critica agências de notícias e prevê conflitos violentos; Lula expressa preocupação com as declarações e pede uma aceitação mais digna da derrota política.

Com as eleições presidenciais se aproximando para o próximo domingo (28), Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, tem intensificado seus ataques contra veículos de imprensa internacionais. Durante um comício em San Cristóbal na segunda-feira (22), o líder chavista chamou agências como EFE, AFP, CNN e AP, bem como emissoras locais, de “assassinos de aluguel”.

Maduro acusou essas agências e emissoras de tentar invisibilizá-lo e manipularem informações sobre sua campanha. Ele alertou que a operação atual é liderada por “assassinos de aluguel e da mentira” e prometeu que qualquer tentativa de fraude seria punida com severidade.

A Associação de Imprensa Estrangeira (APEX) respondeu pedindo para que Maduro não envolva a imprensa internacional em debates políticos nem faça acusações sem fundamento.

As declarações do presidente venezuelano coincidiram com a censura imposta pelo seu governo a diversos sites de notícias independentes, incluindo Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítico, Mediaanálisis e VE Sin Filtro, conforme denunciado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP). Nos últimos 20 anos, mais de 400 veículos de comunicação foram fechados na Venezuela, de acordo com o Colégio Nacional de Jornalistas.

Recentemente, Maduro tem escalado o tom de suas declarações, gerando preocupação internacional. Em um comício em Caracas no dia 17, ele declarou que as eleições decidiriam entre a paz e uma “guerra civil fratricida”, prevendo um “banho de sangue” caso perca o pleito. No sábado (20), ele reiterou a ideia de que o país enfrentaria um cenário “convulsionado, violento e cheio de conflitos” em caso de derrota.

Essas declarações alarmaram até mesmo seu aliado de longa data, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma entrevista no Palácio da Alvorada na segunda-feira (22), Lula expressou surpresa e preocupação com as ameaças de Maduro e sugeriu que o líder venezuelano deve aprender a aceitar a derrota política com dignidade.

Maduro respondeu rapidamente a essas críticas, sem mencionar diretamente Lula, sugerindo que aqueles que ficaram alarmados deveriam tomar um “chá de camomila”. Ele reafirmou sua crença na vitória da paz e na união cívico-militar-policial na Venezuela.

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