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quinta-feira, novembro 7, 2024
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Cientista Político Alerta Sobre “Golpe em Câmera Lenta” e Critica Excesso de Poder do STF

Paulo Kramer aponta ego inflado nas autoridades brasileiras e diz que a Suprema Corte ultrapassa limites constitucionais, destacando a necessidade de equilíbrio entre os Poderes para evitar crises políticas.

Líderes nacionais e internacionais têm levantado críticas em relação às decisões unilaterais e consideradas inconstitucionais dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos anos, a Suprema Corte tem assumido um papel de destaque na política brasileira, algo não tão comum em sua história. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 19, o cientista político Paulo Kramer comentou que “hoje o Supremo pode tudo, porque os outros Poderes acham que ele pode tudo”. Segundo ele, isso cria um cenário em que “o Brasil vive um golpe em câmera lenta”.

O problema do “ego” Kramer também apontou o que vê como um problema de “ego” entre as autoridades brasileiras. Ele explicou: “O que está acontecendo no Brasil hoje está relacionado ao patrimonialismo que domina a política brasileira”. De acordo com ele, quando ocupam posições de poder, muitos acabam acreditando que são mais importantes do que o próprio cargo.

O acadêmico também criticou o que vê como o uso excessivo de poder por parte dos juízes, o que alguns chamam de “Poder Moderador”. No entanto, Kramer ressalta que a Constituição não concede esse papel a nenhuma instituição. “Tivemos oficialmente um ‘Poder Moderador’ no Império, com a Constituição de 1824”, lembrou. “Na República, essa figura foi abolida”.

A busca dos brasileiros por um ‘salvador’ Kramer acredita que os brasileiros, muitas vezes, esperam por um “salvador”, seja um general ou figuras como Sergio Moro e Deltan Dallagnol, para combater os abusos de poder e evitar um golpe político. Por outro lado, ele argumenta que a esquerda vê no STF, especialmente na figura do ministro Alexandre de Moraes, uma espécie de “poder providencial” que se coloca acima das demais instituições.

O Brasil em um momento decisivo Para Kramer, o país está em um “ponto de virada”. Ele afirmou que a opinião pública está começando a perceber que o Judiciário, e em especial o STF, tem ultrapassado seus limites constitucionais, em aliança com o “lulopetismo”. Ele defende que o Supremo deve retornar ao seu papel previsto na Constituição, garantindo que os Poderes sejam independentes e funcionem de maneira harmoniosa.

Segundo ele, se isso não acontecer, o Brasil continuará preso a uma visão de “subdesenvolvimento político”, sempre à espera de uma solução externa ou de uma “força salvadora”. Para Kramer, o verdadeiro caminho está na organização legal e consciente dos cidadãos, que é o que pode realmente transformar o cenário político do país. A entrevista completa de Paulo Kramer ao Estadão está disponível online, com informações adicionais da Revista Oeste.

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