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Contas públicas encerram agosto com déficit de R$ 21,4 bilhões

Apesar da queda em relação ao ano anterior, o setor público acumula um déficit primário de R$ 86,2 bilhões nos primeiros oito meses de 2024.

As contas públicas encerraram agosto com um saldo negativo, resultando em um déficit do governo federal. O setor público consolidado, que inclui União, estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit primário de R$ 21,425 bilhões no mês passado, uma leve redução em comparação ao déficit de R$ 22,830 bilhões observado em agosto de 2023.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC). O déficit primário representa a diferença entre despesas e receitas do setor público, excluindo os pagamentos de juros da dívida pública.

Nos primeiros oito meses de 2024, o setor público consolidado acumulou um déficit primário de R$ 86,222 bilhões. Em um período de 12 meses até agosto, o déficit acumulado foi de R$ 256,337 bilhões, equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação, o ano anterior teve um déficit primário de R$ 249,124 bilhões, representando 2,29% do PIB.

No governo central, que inclui Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional, o déficit primário em agosto foi de R$ 22,329 bilhões, melhor do que o resultado negativo de R$ 26,182 bilhões no mesmo mês do ano passado. Esse resultado influenciou o déficit geral das contas públicas.

Por outro lado, os governos estaduais apresentaram um superávit de R$ 3,386 bilhões em agosto, um aumento em relação ao superávit de R$ 1,831 bilhão no ano anterior. Já os governos municipais registraram um déficit de R$ 2,951 bilhões, revertendo o superávit de R$ 654 milhões de agosto de 2023. No total, os governos regionais tiveram um superávit de R$ 435 milhões, comparado a R$ 2,485 bilhões no ano passado.

As empresas estatais, excluindo Petrobras e Eletrobras, apresentaram um superávit primário de R$ 469 milhões em agosto, embora inferior ao superávit de R$ 866 milhões registrado no mesmo mês de 2023.

Despesas com Juros

Os gastos com juros totalizaram R$ 68,955 bilhões em agosto, uma redução em relação aos R$ 83,731 bilhões do ano anterior. Na comparação de julho para agosto de 2024, também houve uma queda significativa, já que os gastos foram de R$ 80,124 bilhões em julho.

O BC observou que não é comum que a conta de juros apresente grandes variações, especialmente negativas, pois os juros são reconhecidos mensalmente. No entanto, neste caso, operações do Banco Central no mercado de câmbio influenciaram a melhoria nos gastos com juros. Em agosto de 2023, as operações de swaps resultaram em perdas de R$ 10,5 bilhões, enquanto neste ano, os ganhos foram de R$ 1,7 bilhão.

O resultado nominal das contas públicas, que combina o déficit primário e os gastos com juros, também apresentou uma redução, totalizando R$ 90,381 bilhões em agosto, em comparação ao déficit de R$ 106,561 bilhões do ano anterior. Em 12 meses até agosto, o déficit acumulado foi de R$ 1,111 trilhão, ou 9,81% do PIB.

Dívida Pública

A dívida líquida do setor público atingiu R$ 7,026 trilhões em agosto, correspondendo a 62% do PIB, um leve aumento em relação a julho, quando estava em 61,8% (R$ 6,962 trilhões). A dívida bruta do governo geral (DBGG) também cresceu, alcançando R$ 8,898 trilhões ou 78,5% do PIB, em comparação aos R$ 8,826 trilhões (78,4% do PIB) do mês anterior. Esses dados são importantes para comparações internacionais e análise de endividamento.

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