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É comprovado: em qualquer idade, o excesso de telas prejudica a saúde mental, como se prevenir?

Não é boato ou mesmo uma possibilidade, mas uma constatação científica chancelada por várias pesquisas, em diferentes universidades no Brasil e no mundo. Como a do Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UFMG, de 2023: essa investigação, que envolveu grande número de artigos científicos e evidências práticas, aponta que “o uso excessivo de telas está relacionado a uma piora da saúde de seus usuários, independentemente da idade”.

A “nomofobia”, o medo de ficar longe do celular, foi detectada até em idosos. E, em crianças, 72% delas tiveram identificado aumento de depressão e ansiedade pelo abuso da exposição a telas, principalmente as de smartphone, computador ou tablets (elas não vivem mais a “era da televisão”).

Sabe-se que houve um aumento importante do tempo de tela desde a pandemia de Covid-19. Por outro lado, o Brasil é campeão mundial em Tempo De Tela (TDT), conforme pesquisas recentes: somos o povo que passa mais tempo do dia de olho no celular, no computador ou em outros dispositivos digitais, e mesmo a televisão que ainda supera, no Brasil, os streamings como Netflix, HBO e Globoplay. Mas por que a relação entre tempo dedicado às telas e depressão e ansiedade?

É claro que as telas não podem ser totalmente demonizadas. São parte inevitável, e cada vez mais, do trabalho, dos estudos e do entretenimento. Porém, estamos exagerando, mesmo em nosso tempo livre, na ocupação com as telas, e a principal delas é a dos smartphones, “celulares-computadores” cada vez mais potencializados.

Pois bem, no estudo referido da UFMG, “percebeu-se que os pacientes jovens com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além de depressão, tinham as telas a todo momento, e, no período de pandemia, elas foram as principais aliadas contra a solidão. Porém, as consequências desse uso excessivo podem ser vistas agora”, declarou a responsável pela pesquisa, Renata Maria Silva Santos.

Devemos nos preocupar especificamente no caso das crianças: enquanto os pais se mantêm distantes, trabalhando ou se distraindo, muitas vezes nas telas do celular ou computador, elas cada vez mais recorrem às telas. Sabe-se, por outro lado, que o distanciamento entre pais e filhos pode provocar depressão nos pequenos. Inclusive, é comprovado que o excesso de telas diminui o QI e a capacidade de fazer escolhas e pensar por si mesmo, em uma constante busca por conteúdo a se consumir. Isso se aplica predominantemente a crianças, cujo cérebro está em pleno desenvolvimento.

E as redes sociais?

Mais depressão, notadamente em meninas, apontou a pesquisa da UFMG. Elas veem corpos “perfeitos”, editados, cheios de filtros que revelam uma vida inteira editada na grande maioria dos casos. Só se mostra a ponta atraente e florida de uma montanha. Vale para os homens ou quaisquer pessoas, que ao mesmo tempo tentam alimentar o crescente ego e a necessidade de aprovação postando corpos malhados, sedutores, invejáveis e invejados, e se sentem diminuídas ou desprezadas por não se sentirem no “alto padrão”.

E as disputas intelectuais, então?

Uma geração que não admite não ter razão, em que, se você disser que “não gosta de goiaba”, é bem possível que todos os apreciadores da fruta se juntem para odiar você e todos os que não gostam de goiaba. Vale para veganismo, vegetarianismo, para os carnívoros, para qualquer crença religiosa, para a política, vivemos em pé de guerra nas redes sociais. E, de tanto ficar lá, poucos vão a fundo nos assuntos que tanto debatem. A maioria vive de preconceitos e bullying, que culminam em ofensas pessoais e… mais uma vez, depressão, ansiedade e até aumento considerável no número de suicídios e tentativas de.

Mas como resolver o excesso do tempo de telas, e todas as suas possíveis e cada vez mais nefastas consequências? As telas em si não são más. É que todo excesso faz algum mal. O estudo mencionado concluiu que “não basta limitar o tempo de tela, é necessário também enriquecer o tempo fora dela, tentando manter a mente ativa”, destaca a coordenadora da pesquisa mineira, Renata Santos.

Finalmente, aí vão algumas dicas práticas para você evitar a depressão, ansiedade e estresse das telas: controlar o tempo de tela de acordo com a idade, buscar atividades que promovam socialização, e praticar e incentivar atividades físicas. Ajuda bastante manter as telas fisicamente distantes quando estiver determinado a evitá-las. Como diz o ditado: “O que nos rodeia acaba vencendo”.

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