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segunda-feira, outubro 21, 2024
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Economia definha no Brasil: país tem 4º  pior salário mínimo da América Latina em 2024

A Economia brasileira respira por aparelhos no governo Lula III, e um dos “motes” é o baixíssimo salário mínimo nacional. Agora, deixe de lado suas ideologias, talvez pró-governo, e atente às informações que nos trazem os fatos e os números de pesquisas. Como a realizada pela Bloomberg Línea, divulgada em agosto de 2024: ela aponta que o salário mínimo do Brasil foi o 4º pior da América Latina no mês de julho desse ano. O valor do mínimo no nosso país hoje é de R$ 1.412, só não menor que os vencimentos dos trabalhadores de República Dominicana, Argentina e Venezuela. Sendo que a Argentina vem de décadas de desastre econômico, desde o peronismo.

A pesquisa de agosto de 2024 da Bloomberg Línea registrou que a Costa Rica é o país com maior salário mínimo entre 17 nações latino-americanas: os costarriquenhos recebem US$ 686,61 mensais, equivalentes, à época do estudo, a 358.609,50 colóns, a moeda local. O 2º e 3º maiores salários mínimos da América Latina são, respectivamente, de Uruguai e Chile: 554,70 dólares para os uruguaios e 540,77 dólares para chilenos. É importante mencionar que a Bloomberg converteu todos os valores dos salários mínimos investigados em dólar dos Estados Unidos, como metodologia de análise.

Porém, esta pesquisa sobre salários mínimos é só mais um dos índices caóticos do cenário economicamente nefasto da terra brasilis em 2024. A situação vem se agravando nos últimos anos, e notoriamente desde 2023 (basta dar um Google em pesquisas econômicas). O custo de vida, que não necessariamente está ligado ao valor do mínimo, tem aumentado incessantemente. É movido por inflação galopante, SELIC instável e muito acima do desejado, crise climática, endemia de corrupção e de desperdício de verbas estatais e, enfim, inépcia administrativa. Para nós, sobram o maior imposto sobre consumo do mundo, 27,7%, e a segunda maior taxação sobre empresas, “perdendo” por 1% para a ilha de Malta que cobra 35% de tributos aos empreendedores. Além disso, o Real é uma das moedas que mais se desvalorizam no planeta no presente ano, e o Brasil é tido como o país mais endividado da América Latina atualmente, pós-reforma tributária. Não, “o mar não está para peixe” como muitos querem acreditar, talvez ideologicamente.

De maneira que é motivo de muita preocupação, para além das dissidências ideológicas e partidárias, o “mapa” econômico brasileiro. Ainda mais em se considerando o rombo no PIB, recorde histórico de cerca de 1,1 trilhão e “progredindo”. O pior é que, para alguns governantes, o problema “nunca é culpa de ninguém” ou “sempre é culpa dos outros”.

O atual governo tem despendido bilhões em emendas, sem a devida transparência, a fim de saciar o “apetite” da Câmara e do STF, tanto monetariamente quanto em termos de poder político – uma coisa leva à outra. Enquanto isso, o povo se enfrenta rilhando em ideologias opostas, ou se resigna de debates. Estes multimilhões de pessoas ora culpam seus adversários políticos mortais, ora dão de ombros. Poucas vezes agem para mudar. Porque, como cidadãos e eleitores em uma democracia, etimologia “governo do povo”, que emana do povo e no qual o povo é soberano, é nosso dever sermos agentes ativos e vigilantes dos eleitos. A nós cabe o direito constitucional e até a obrigação de vigiar, cobrar e protestar contra aqueles que elegemos, direta ou indiretamente, nossos políticos e as decisões que tomam.

Embora, bem… muitos governantes chamem qualquer coisa que os possa atingir muito profundamente de “Fake News”, ou então “difamação”. Depende do réu, depende de quem julga, a Lei não consegue ser “seca” no Brasil. Para muitos do Executivo, Legislativo e Judiciário, o povo não pode reclamar. Nem mesmo o podem os parlamentares, que têm imunidade. Vejam o mais recente absurdo: o deputado Marcel Van Hattem (NOVO), considerado pelo Ranking dos Políticos deste mês de outubro o melhor deputado federal em pontuação, foi intimado a depor à Polícia Federal por criticar o STF e o governo que indicou a maioria de seus membros. Não apenas no Brasil o Supremo é acusado de agir além de sua alçada, inclusive colocando a democracia em risco ao, alegadamente, tentar salvá-la. O poder é realmente tentador, e, às vezes, esmagador.

Mas tudo isso ocorre porque a maioria dos eleitos do povo, deputados e senadores, e os indicados ministros, sob as pranchetas de Lira e Pacheco, líderes de Câmara e Senado, respectivamente, estão omissos. Em especial o Centrão. Parece que estamos vendo Sílvio Santos atirar notas no Congresso e no Judiciário: “Quem quer dinheiro?”. Assim, Lira e STF negociaram a liberação de R$ 30 bilhões em “emendas PIX”, e os processos do STF por abuso de poder foram novamente engavetados na Câmara. É lá e cá, e o povo fica a ver navios, ou melhor, os números negativos da Economia dispararem. Obs.: o Rio Grande do Sul ainda chafurda na esperança do envio de apenas pequena parte do orçado, prometido por Paulo Pimenta, gaúcho e chefe da pasta das enchentes. Não se resolveu em um encontro, como os 30 bilhões, e são apenas 15 ou até menos.

Além disso, há a impunidade na já citada – e não nova – corrupção endêmica brasileira. Por exemplo, com um “festerê” na Petrobras, que tem tido intervenção ilegal e exagerada do governo. Ao mesmo tempo, o TSE de Toffoli gera suspeitas com atitudes aparentemente autocráticas e partidárias, e a PF parece servir a uma possível perseguição política, como no caso de Van Hattem. Já o TCU tem sido cúmplice do Apocalipse verde e amarelo em vários casos, como ao ter ignorado investigação de desvio de R$ 177,3 milhões, cuja ré é a recém-empossada ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo. A ilegalidade data dos idos de 2016, quando Macaé foi secretária da Educação em MG. E assim vai, ou melhor, “não vai”.

Os órgãos públicos da política brasileira agonizam. A democracia, como no imbróglio entre os três poderes que se mostram pouco preocupados com as causas da população, agoniza. Como aqueles em quem votamos, como os extensos quarenta ministérios que sugam o dinheiro público, como o salário mínimo, como o próprio Brasil. O salário mínimo aqui é apenas resquício de uma Economia de índices assustadores, da qual Haddad parece querer isentar sua culpa ou grande parte dela, sendo ele o “dono” da pasta.

Por fim, quero pedir desculpas por opinar, ainda que baseada em dados amplamente divulgados, sobre um governo que vigia o que dele é dito e não se permite, muitas vezes, ser questionado. Parece que estamos voltando a um tipo de monarquia, porém com uma corte gigantesca nunca antes vista, talvez maior que a de D. João VI. Estão levando “nosso ouro e nossa prata”.

Seu voto pode mudar isso. Se não está servindo, se não fez o que prometeu, se está absorto nas dádivas do poder, mas não do dever, não vote no político. Não repita o erro. Não aposte em palavras, que o brasileiro sempre foi o rei da lábia desde o Zé Carioca até na política. Passemos a acompanhar mais nossos representantes, e deles exigir um país melhor, e menos luxos para eles, menos coisas mínimas para nós. Isso foi, é e sempre será nosso papel-mor como povo em uma democracia. Ou então já não podemos chamar de democracia – e meu temor é de que, agora ou em breve, não possamos…

 

Veja a tabela divulgada pela Bloomberg Línea:

 

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