Seis anos após a última vez em que ocupou a presidência do Brics, o Brasil reassumirá a liderança do grupo a partir de 1º de janeiro do próximo ano. O país pretende conduzir debates sobre a reforma da “governança global” e o desenvolvimento sustentável, tópicos que também foram abordados durante a presidência brasileira do G20 neste ano.
O Brics, que inclui dez nações como Brasil, Rússia, China, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, realizará sua primeira reunião ampliada nesta semana em Kazan, na Rússia.
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Rússia foi cancelada devido a um acidente doméstico, e ele participará da cúpula do Brics por videoconferência.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os líderes discutirão a entrada de novos países parceiros no bloco, a crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros.
Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global Para Uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável”, a presidência brasileira do Brics no próximo ano deverá se concentrar em reformas nas instituições de governança global, promoção do multilateralismo, combate à fome e à pobreza, redução da desigualdade e estímulo ao desenvolvimento sustentável.
Por questões de rotatividade, o Brasil deveria ter assumido a presidência do Brics em 2023. Contudo, ao também liderar o G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, o país decidiu adiar sua presidência do Brics por um ano, ficando a liderança com a Rússia em 2024.