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quarta-feira, outubro 16, 2024
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Anderson Lemos é condenado a 82 anos por tentativa de homicídio de agentes da Polícia Civil

Julgamento revelou os impactos das lesões em uma agente, que continua em tratamento, enquanto defesa alegou confusão entre policiais e criminosos.

O julgamento de Anderson Fernandes Lemos, acusado de tentar matar seis agentes da Polícia Civil em 2022 durante uma operação na Comarca de Rio Grande, foi concluído na madrugada desta quarta-feira (16). Após 16 horas de deliberações, o réu foi condenado a 82 anos e 10 meses de prisão por seis tentativas de homicídio qualificado, com os crimes sendo cometidos contra os agentes em serviço. A agente Laline Almeida Larratéa foi gravemente ferida, atingida na cabeça por um dos disparos.

A sentença foi proferida pelo juiz Bruno Barcellos de Almeida no Salão do Júri do Foro de Rio Grande. Além da longa pena de reclusão em regime fechado, o magistrado determinou a expedição de mandado de prisão e fixou indenizações: R$ 100 mil para Laline e R$ 20 mil para cada um dos outros agentes feridos. A defesa poderá recorrer da decisão.

Durante o julgamento, Laline prestou depoimento por videoconferência, compartilhando os impactos das lesões, como perda de memória recente e dificuldades emocionais, que afetaram suas relações pessoais e profissionais. Ela continua em tratamento neuropsicológico.

Acusação e defesa Os promotores Fernando Gonzalez Tavares e Márcio Schlee Gomes apresentaram evidências contra Anderson, incluindo interceptações telefônicas que o ligavam a traficantes sobre entregas de drogas. Tavares enfatizou os efeitos duradouros do ferimento em Laline, enquanto Gomes lembrou que o réu já tinha antecedentes criminais e estava em prisão domiciliar na época dos fatos.

A defesa, composta pelas advogadas Julieth Gonçalves dos Santos, Juliana Rocha Costa e Felype Prado Nascimento, argumentou que Anderson não tinha a intenção de matar os policiais, alegando que os confundiu com criminosos que estariam invadindo sua casa para o tráfico. O réu afirmou que disparou em legítima defesa, parando ao reconhecer a voz de um dos policiais.

A defesa pediu a desclassificação do crime para lesão corporal grave no caso de Laline e a absolvição nas demais tentativas de homicídio, mas o Conselho de Sentença rejeitou essa tese, mantendo a condenação por tentativas de homicídio qualificado.

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