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quinta-feira, junho 27, 2024
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Aumenta para 24 o Número de Mortes por Leptospirose Após Enchentes no RS

Secretaria Estadual da Saúde confirma novas vítimas e investiga outros cinco óbitos; mais de 6 mil suspeitas notificadas desde maio

O número de mortes por leptospirose relacionadas às enchentes de maio no Rio Grande do Sul subiu para 24, conforme o informe epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (26) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). As novas vítimas eram residentes de Alvorada e Capela de Santana. Além disso, outros cinco óbitos estão sob investigação. Desde o início da catástrofe, foram notificadas 6.115 suspeitas da doença, das quais 478 (7,8%) testaram positivo.

As novas mortes são de dois homens de 27 anos, ambos expostos às águas da inundação.

Até o momento, os óbitos ocorreram nas seguintes localidades: Porto Alegre (4), Novo Hamburgo (2), Alvorada (2), Alecrim, Capela de Santana, Charqueadas, Rio Grande, Pelotas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha e Viamão.

A leptospirose é uma doença bacteriana infecciosa aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, especialmente ratos, através do contato com pele e mucosas. A bactéria pode estar presente na água contaminada ou lama, e os alagamentos aumentam o risco de infecção. A água das enchentes pode misturar-se com esgoto, elevando o perigo.

Os sintomas geralmente surgem entre cinco e 14 dias após a contaminação, podendo levar até 30 dias. Entre os principais sinais estão febre, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares (especialmente nas panturrilhas) e calafrios. A orientação é procurar atendimento médico ao notar os primeiros sintomas. Em áreas sem serviços de saúde, qualquer profissional em abrigos, albergues ou ginásios pode ser consultado.

O governo do Rio Grande do Sul alerta para a observação de outros sintomas pelos profissionais de saúde, como tosse, dificuldade respiratória, alterações urinárias, vômitos frequentes, icterícia, escarros com sangue, arritmias e alterações no nível de consciência.

A leptospirose tem alta incidência em algumas áreas e pode ter uma letalidade de até 40% nos casos mais graves.

Para prevenir a infecção, a população deve evitar contato com água de enchentes. Se o contato for inevitável, recomenda-se o uso de luvas, botas de borracha ou sapatos impermeáveis, ou ainda sacos plásticos duplos sobre os calçados e mãos. Alimentos e água que possam ter sido contaminados não devem ser consumidos. Ferimentos devem ser protegidos e evitar contato com água contaminada.

Indivíduos que tiveram contato com água ou lama contaminada e apresentarem sintomas como dores de cabeça, dores musculares, febre, náuseas e falta de apetite devem buscar uma unidade de saúde. Suspeitos com sintomas compatíveis e que vieram de áreas inundadas devem iniciar tratamento imediato e coletar amostra para análise, a ser encaminhada ao Laboratório Central do Estado.

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