A primeira vacina 100% nacional pode começar a ser aplicada nos brasileiros daqui a nove meses, estimou o ministro da MCTI (Ciência, Tecnologia e Inovações), Marcos Pontes. O início desta aplicação depende do sucesso das pesquisas nas três fases de testes com humanos e da subsequente aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Os testes começaram em janeiro na cidade de Salvador (BA). Voluntários dos Estados Unidos e da Índia também deverão participar. Ao todo, os investimentos na vacina nacional devem somar R$ 350 milhões.

O nome preliminar da vacina é RNA MCTI Cimatec HDT, em referência ao grupo envolvido nas pesquisas. O imunizante foi desenvolvido pelo Senai Cimatec em parceria com a empresa norte-americana HDT Bio Corp, com a RedeVírus e financiamento do MCTI.

Trata-se da primeira vacina com a tecnologia replicon de RNA (RepRNA) a ter um estudo clínico realizado no país. Essa tecnologia permite que o RNA seja capaz de se autorreplicar dentro das células, o que garante uma resposta imune robusta e duradoura com uma dose menor da vacina.

Já as vacinas de RNA mensageiro, como a da Pfizer, por exemplo, carregam o código genético do vírus para dentro do corpo, e, lá dentro, fornecem instruções para que as células e sistema imunológico construam uma resposta e gerem anticorpos.

Para o ministro, o investimento valerá a pena mesmo que a vacina fique pronta meses após as fases mais duras da pandemia. “Vale a pena porque as pessoas que já se vacinaram terão que revalidar as vacinas lá na frente. E podem surgir outras variantes. Com uma vacina nacional, não precisaremos ficar só na dependência de outros países”, argumentou.

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