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quinta-feira, julho 4, 2024
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Casa de ex-diretor da Companhia Riograndense de Mineração é alvo de buscas da Polícia Civil

Ação ocorre em continuidade da Operação Off Road, que investiga irregularidades na CRM     |     Com informações -  Marcel Horowitz

Nesta manhã de quinta-feira, policiais civis da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor) cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência de um indivíduo que anteriormente ocupou os cargos de diretor técnico e diretor administrativo da Companhia Rio Grandense de Mineração (CRM) em Porto Alegre. Esta ação faz parte da Operação Off Road, que tem investigado supostas irregularidades na estatal desde o início de agosto.

Segundo informações da corporação, a investigação identificou fraudes licitatórias relacionadas à aquisição de três caminhões, dos modelos Randon Perlini e RD 470. Esses veículos foram adquiridos por cerca de R$ 2.100.000 para integrar a frota da CRM. No entanto, as investigações sugerem que uma empresa privada já havia oferecido os bens à companhia previamente, com a anuência dos diretores. Consequentemente, ocorreram diversas ações que culminaram com a vitória da empresa em questão na licitação.

O delegado Max Otto Ritter, responsável pela coordenação da operação, destacou que essa ação se baseou em provas obtidas nas buscas e apreensões realizadas nas fases anteriores da operação, que ocorreram nos dias 15 e 16 de agosto. Os materiais apreendidos incluíram documentos e um celular, cuja análise será realizada em conjunto com outras provas já obtidas.

As fases anteriores da operação envolveram buscas na sede da CRM em Candiota, residências de empresários associados à empresa vencedora da licitação e depoimentos de dois servidores da companhia. Em seguida, ocorreu uma nova etapa com buscas na sede da empresa e em residências de dois servidores públicos em Porto Alegre. Nessa fase, foram apreendidas armas de fogo irregulares e barras de ouro, e um dos investigados foi preso em flagrante.

Em consequência dessas ações, o presidente da CRM, Melvis Barrios Júnior, foi exonerado do cargo pelo governo do Rio Grande do Sul, com o objetivo de garantir a imparcialidade e independência nas investigações em andamento.

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