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sexta-feira, abril 19, 2024
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Brasil: a Nação da ansiedade

O Brasil ostenta um título nada invejável: é o país com mais casos de ansiedade no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Estima-se que 9,3% da população brasileira sofra com essa condição, o que equivale a quase 19 milhões de pessoas. Mas por que o Brasil se tornou um epicentro da ansiedade?

Fatores sociais e econômicos contribuem significativamente para esta triste realidade. Desigualdade social gritante, instabilidade política e violência desenfreada geram um clima de insegurança e apreensão constante. Ainda, a pressão no trabalho, a competitividade exacerbada e a cultura do “super-herói” (ou a “positividade tóxica”, “esteja sempre feliz e seja sempre grato”) alimentam a ansiedade de muita gente, levando-os a se sentirem sobrecarregados e esgotados.

A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais a situação. O isolamento social, o medo da doença e a incerteza do futuro intensificaram os sintomas de ansiedade em muitos brasileiros – o Brasil chegou a ser o país com mais casos de Covid-19Dificuldades financeiras e o luto pela perda de entes queridos igualmente impactam a saúde mental da população do nosso país.

É importante destacar que a ansiedade não é uma fraqueza ou frescura“, ou “falta do que fazer”É um transtorno mental que pode ter graves consequências na vida das pessoas, afetando o trabalho, relacionamentos e qualidade de vida. Felizmente, existem diversas formas de tratamento, como terapia, medicação e mudanças no estilo de vida.

Se você sente que está sofrendo de ansiedade, essa endemia brasileira, procure ajuda profissional. Não há vergonha em buscar tratamento para cuidar da sua saúde mental. Cuidar de si mesmo é fundamental para superar a ansiedade e viver uma vida mais plena e feliz.

Lembre-se de que você não está sozinho. Ansiedade é um problema comum, que afeta milhões de pessoas. Ademais, há diversas formas de tratamento eficazes para a ansiedade, mesmo que incluam medicações com alguns efeitos colaterais. Comece pensando nos motivos da sua ansiedade, já é um passo. Quais são seus gatilhos? Você realmente os aceita, ou nega para si mesmo o que lhe aflige?

Psiquiatras, psicólogos, centros de ajuda e grupos de apoio estão à sua disposição, mesmo gratuitamente.

Procure cuidar de si mesmo em primeiro lugar, saiba dizer “não”, mantenha relacionamentos saudáveis e aprenda – porque é necessário aprender – a ignorar pessoas e situações tóxicas, na medida do possível. Inclusive nas redes sociais, onde o ódio e o bullying se espalham, criando mais ansiedade e depressão. E, finalmente, viva um dia de cada vez – não quer dizer não ter planos, mas dar pequenos passos até alcançar seus objetivos. Cair é normal, levantar-se é essencial, e há quem lhe dê a mão.

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