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quarta-feira, setembro 4, 2024
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Governos de Seis Países Exigem Fim da Perseguição a Opositores na Venezuela

Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Uruguai pedem salvos-condutos para refugiados e denunciam repressão política pelo regime de Nicolás Maduro às vésperas das eleições presidenciais.

Os governos da Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Uruguai exigiram o “fim do assédio, perseguição e repressão” contra opositores na Venezuela. Além disso, pediram salvos-condutos para seis refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas. Esse pedido foi divulgado em um comunicado conjunto na sexta-feira, dia 19.

Esses refugiados estão abrigados há mais de 100 dias, sendo cinco deles membros da campanha de oposição de María Corina Machado, representada nas urnas por Edmundo González, após a desqualificação de María Corina pela administração de Nicolás Maduro.

Os países signatários declararam: “Exigimos o fim imediato do assédio, perseguição e repressão contra ativistas políticos e sociais da oposição, bem como a libertação de todos os presos políticos”. Também solicitaram que o governo de Maduro emita salvos-condutos para os opositores asilados.

Identidade dos Opositores

Os seis refugiados na embaixada argentina são Fernando Martínez Mottola, Magalli Meda, Claudia Macero, Pedro Urruchurtu, Omar González e Humberto Villalobos. Todos são apoiadores do “Vem Venezuela” e desempenharam papéis importantes na campanha. Eles estão sob ordens de prisão por acusações de “ações violentas”, “terrorismo” e “desestabilização” do país.

Henri Alviarez, coordenador nacional da organização, e Dinora Hernández, secretária política nacional do partido, foram presos e agora estão detidos, o que levou ao pedido de asilo diplomático por parte dos opositores.

Preocupação com as Eleições na Venezuela

Os cinco países signatários expressaram preocupação com as eleições presidenciais na Venezuela, previstas para o dia 28. Nicolás Maduro, que busca seu terceiro mandato, enfrenta Edmundo González, favorito após a desqualificação de María Corina.

Na quinta-feira, dia 18, Maduro afirmou que, se fosse derrotado, haveria risco de “banho de sangue” e “guerra civil” no país. O governo brasileiro considerou essa declaração uma ameaça vazia, visto que pesquisas indicam González à frente de Maduro.

“Por que eu vou querer brigar com a Venezuela? Por que eu vou querer com Nicarágua? Por que eu vou querer com a Argentina? Eles que elejam os presidentes que quiserem”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira, dia 19.

Fontes diplomáticas indicam que o Brasil só se envolverá na situação se for solicitado por representantes de Maduro e da oposição, “dentro do espírito de Barbados”, um acordo facilitado pela Noruega com apoio de países como Brasil, Colômbia e Estados Unidos, que estipula eleições livres e justas.

Resposta da Argentina às Declarações de Maduro

O anúncio conjunto foi feito um dia após Maduro chamar o presidente da Argentina, Javier Milei, de “maldito” e acusá-lo de tentar “sabotar” as eleições na Venezuela. O governo argentino respondeu prontamente.

“O que possa dizer Maduro, um ditador, um imbecil como Maduro, não deixam de ser palavras de um ditador”, afirmou Manuel Adorni, porta-voz de Milei. “Preocupa-nos o povo venezuelano, que não haja democracia na Venezuela, em virtude do que possa ocorrer nas próximas eleições.”

Prisão de Aliados de María Corina

Em junho, María Corina foi alvo de ameaças de morte por uma facção criminosa de Zaraza, no Estado de Guárico. Sua equipe afirmou que não é a primeira vez que ela recebe tais ameaças.

Na quarta-feira, dia 17, María Corina denunciou a prisão de seu chefe de segurança, ocorrida menos de duas semanas antes das eleições, classificando-a como uma tática para deixá-la vulnerável na fase final da campanha.

No domingo, dia 14, a campanha de oposição relatou a detenção de nove pessoas em quatro Estados do país, somando-se aos mais de 50 “presos políticos” registrados por ONGs de direitos humanos na Venezuela. Ativistas, comerciantes que forneceram produtos para a equipe de María Corina durante comícios e políticos também foram detidos. As informações são da Revista Oeste.

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