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terça-feira, outubro 15, 2024
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Inflação na Argentina desacelera para 3,5% em setembro, menor taxa desde 2021

Medidas fiscais e monetárias do governo Milei começam a mostrar resultados, com projeções de inflação acumulada de 123,6% para 2024, bem abaixo dos 211,4% do ano anterior.

A inflação na Argentina apresentou uma desaceleração de 3,5% em setembro em relação a agosto, marcando a menor variação mensal desde novembro de 2021, quando a inflação foi de 2,5%. Essa redução é atribuída à disciplina fiscal e monetária implementada pelo governo do presidente Javier Milei. A medição em 12 meses também mostrou desaceleração, registrando a quinta queda consecutiva.

“O processo de desinflação continua, e a política de ortodoxia fiscal e monetária permanecerá inalterada”, afirmou o ministro da Economia, Luis Caputo, por meio da rede social X.

Após a abrupta desvalorização do peso argentino promovida pelo governo Milei no final de 2023, a inflação disparou, atingindo 25,5% em dezembro e 20,6% em janeiro. No entanto, as primeiras medidas de “choque” implementadas pelo governo resultaram em uma tendência de queda nos preços, impulsionada por um forte ajuste fiscal e monetário. A desaceleração se tornou mais evidente a partir de maio, quando a política de “emissão zero” começou a dar resultados.

A relativa estabilidade da taxa de câmbio nos últimos meses também contribuiu para essa estabilização, em uma economia que é extremamente sensível às flutuações do dólar. Em setembro, a redução da inflação foi auxiliada pela diminuição de um imposto sobre importações, que, por um lado, reduziu os custos dos bens intermediários e, por outro, estimulou a concorrência entre produtos importados e fabricados localmente.

“A segunda semana do mês apresentou uma moderação significativa no aumento de preços, especialmente em bens, indicando um impacto positivo da redução do imposto de importação”, destacou a consultoria C&T Asesores Económicos em um relatório.

As previsões do setor privado, coletadas mensalmente pelo Banco Central, indicam que a inflação mensal deverá variar entre 3,3% e 3,6% até dezembro. Assim, a inflação acumulada para o ano na Argentina pode chegar a 123,6%, uma queda significativa em relação aos 211,4% de 2023, que foi a segunda maior taxa desde a hiperinflação de 1989-1990 e a quarta maior do mundo no ano passado.

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