Em cadeia nacional de rádio e televisão na noite deste domingo (28), o presidente Lula (PT) fez um balanço dos 18 meses de seu terceiro mandato no Palácio do Planalto. O discurso do presidente apresentou uma visão otimista de sua gestão, destacando aspectos que, na prática, divergem da realidade enfrentada por muitos brasileiros, configurando-se como uma peça publicitária política.
O vídeo, exibido às 20h30 e gravado na sexta-feira anterior (26), teve duração de sete minutos. Nele, o chefe do Executivo procurou transmitir um panorama positivo da economia, apesar das dificuldades enfrentadas. Ele também mencionou programas sociais que, embora sejam alvo de críticas por não incluírem investimentos em capacitação, foram apresentados como conquistas de sua administração.
Lula abordou a questão fiscal, afirmando que manterá a responsabilidade nas contas públicas. “Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho”, disse o presidente, em uma declaração que contrasta com algumas de suas ações e discursos anteriores.
Ele destacou ainda a ajuda federal ao Rio Grande do Sul e a reforma tributária aprovada recentemente, que, segundo ele, descomplicará a economia e reduzirá o preço dos alimentos e produtos essenciais. Lula afirmou que, após anos de estagnação, a indústria brasileira está retomando seu papel como motor do desenvolvimento.
O presidente também criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando ter herdado um “rombo bilionário” da administração anterior, o que é contestado pelo ex-ministro Paulo Guedes e pelo próprio Bolsonaro. “O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família, mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas. Mas é sobre reconstrução e futuro que eu quero falar. Antes mesmo de começarmos a governar, tivemos que buscar recursos para cobrir o rombo bilionário deixado pelo governo anterior”, afirmou Lula.
