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quarta-feira, outubro 16, 2024
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Ministério da Saúde Incinera 6,4 Milhões de Doses de Vacinas da Janssen em 2024, Revela Relatório Oficial

Descarte de Vacinas Estimado em R$ 227 Milhões Expõe Desafios Logísticos e Mudança de Estratégia na Imunização Contra a COVID-19

O Ministério da Saúde divulgou que aproximadamente 6,4 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19, produzidas pela Janssen, foram incineradas neste ano, totalizando um valor estimado em R$ 227 milhões. Essas vacinas, baseadas na tecnologia de vetor viral, foram armazenadas desde dezembro de 2021 e tiveram sua validade expirada entre setembro e outubro de 2023, evidenciando um desafio persistente na gestão do estoque.

Uma mudança estratégica iniciada no final de 2022 pelo Ministério da Saúde privilegiou os imunizantes de RNA mensageiro, como os da Pfizer e Moderna, em detrimento das vacinas de vetor viral. Essa decisão foi tomada em resposta à perda de confiança na eficácia e durabilidade das vacinas mais antigas.

Desde então, o órgão ministerial adotou medidas para minimizar perdas de estoque, tendo evitado o desperdício de mais de R$ 251,2 milhões em vacinas apenas em 2023. No entanto, o descarte recente ressalta a persistência dos desafios logísticos e operacionais enfrentados no gerenciamento das vacinas.

A incineração das doses expiradas se soma a um histórico de perdas significativas. O Ministério da Saúde já registrou uma perda de aproximadamente R$ 2 bilhões em vacinas de diversos fabricantes até o início de 2023, com expirações concentradas principalmente entre o final de 2022 e o início de 2023.

Esses descartes destacam não apenas questões logísticas, mas também políticas, com o governo anterior sendo alvo de críticas pela gestão inadequada do estoque de vacinas. A transparência no gerenciamento do estoque só começou a ocorrer durante o governo de Lula, em 2023, graças à Lei de Acesso à Informação.

Apesar dos esforços para minimizar perdas, novos desafios surgem, incluindo o descarte de produtos diversos além das vacinas. O atual governo enfrenta a tarefa de eliminar itens como roupas de proteção doadas durante a pandemia, cuja incineração apresenta custos elevados e implicações ambientais.

Além disso, atrasos na aquisição de novas doses de vacinas geram preocupações sobre a continuidade da campanha de imunização. O plano para 2024 visa adquirir 70 milhões de doses, mas a compra emergencial de 12 milhões dessas doses, prevista para março, só foi concretizada em maio, após críticas e pressões políticas.

Apesar desses desafios, o Ministério da Saúde assegura que não haverá escassez de doses para a população e destaca a importância da vacinação periódica, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde, especialmente para grupos de maior risco e vulnerabilidade.

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