A ministra Margareth Menezes propõe uso da “linguagem neutra” em ambientes educacionais, enquanto a medida aguarda análise na Comissão de Educação da Câmara.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, apresentou ao Congresso Nacional 30 sugestões para integrar o novo Plano Nacional de Cultura para os próximos anos. Entre elas, destaca-se a polêmica proposta de promover o uso da “linguagem neutra” no contexto educacional.
Se aprovada, essa iniciativa impulsionará a formação de estudantes, educadores e gestores para adotarem termos como “todes” em vez de “todos” ou “todas”, e “menine” ao invés de “menino” ou “menina”, conforme relatado pela Veja.
A proposta tem gerado divisões, especialmente entre os setores mais conservadores. Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado e presidente da Comissão de Educação da Câmara, é um crítico ferrenho dessa medida. Durante seu mandato como vereador em Belo Horizonte, ele conseguiu aprovar uma lei que proíbe o uso da “linguagem neutra” nas instituições de ensino municipais.
O deputado reafirmou seu compromisso com a preservação da língua portuguesa tradicional, declarando que em Belo Horizonte não há espaço para “todes” e que a língua portuguesa será respeitada.
Atualmente, a proposta aguarda análise pela Comissão de Educação da Câmara.
Tramitação da proposta: Durante um evento em Brasília, que reuniu mais de 4 mil participantes de diferentes setores artísticos e de entretenimento, foi discutida a promoção da “linguagem neutra”. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Partido dos Trabalhadores, esteve presente e direcionou seu discurso aos progressistas.
O Plano Nacional de Cultura sugere a criação de um fundo financiado por uma porcentagem dos impostos sobre a renda de pessoas físicas e jurídicas, para financiar programas educacionais e apoiar a “linguagem neutra”. O objetivo é fomentar a diversidade de linguagens e garantir a inclusão universal nos processos educativos e culturais.
Perspectivas sobre a aprovação: De acordo com informações da Veja, pessoas próximas ao presidente Lula indicam que ele está agindo com cautela em relação a sua participação direta nessa discussão polêmica. Analistas políticos consideram improvável que a proposta de “linguagem neutra” avance no Congresso, devido à oposição dos legisladores mais conservadores e à necessidade de acordo para redirecionar recursos fiscais para esse propósito. As informações são da Revista Oeste.