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terça-feira, outubro 22, 2024
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Operação Overlord desmantela rede neonazista na Serra Gaúcha

Ação coordenada pelo Ministério Público prende dois suspeitos e revela planos de violência, rituais de iniciação e conexão com eventos neonazistas em várias regiões do Brasil.

Uma operação de combate ao neonazismo, chamada Operação Overlord, foi realizada nesta segunda-feira e teve como alvo um morador da Serra Gaúcha. A ação, que também ocorreu em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Sergipe, resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, além da prisão em flagrante de duas pessoas.

Coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a operação abrangeu diversas cidades, incluindo São Paulo, Taubaté (SP), Curitiba (PR), Cocal do Sul (SC), Jaraguá do Sul (SC), Pomerode (SC), Caxias do Sul (RS) e Aracaju (SE). No Rio Grande do Sul, as diligências contaram com o apoio do MPRS, por meio do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema, e do 12º BPM.

As investigações revelaram que os alvos pertencem a um grupo suspeito de promover apologia ao nazismo e de planejar atos violentos em várias regiões do Brasil. O grupo também mantinha uma banda que se apresentava em eventos neonazistas, onde bandeiras com suásticas eram exibidas, atraindo até 30 pessoas por apresentação.

Além disso, foi descoberto que os suspeitos realizavam um ritual de “batismo” para novos membros, com o objetivo de fortalecer os laços internos e reafirmar a adesão à ideologia neonazista. Esse ritual é considerado essencial para a coesão e expansão do grupo.

Os membros se autodenominam skinheads neonazistas e adotam o símbolo do Sol Negro, associado ao ocultismo nazista e à “supremacia ariana”, com um fuzil AK-47 ao centro. Esse emblema representa a disposição do grupo para a violência em nome de sua ideologia.

Entre os presos, um dos líderes do grupo está ligado a um homicídio ocorrido em 2011, quando um jovem do movimento punk foi assassinado a facadas em São Paulo, motivado ideologicamente. O outro detido é um militar da ativa do Exército Brasileiro, um praça temporário, suspeito de participar de encontros neonazistas. Embora suas ações não estejam diretamente relacionadas ao serviço militar, seu conhecimento em táticas de combate e armas representa um risco.

As buscas em Caxias do Sul resultaram na apreensão de facas e artefatos militares na residência do suspeito, incluindo fardamentos similares aos utilizados por soldados russos na guerra da Ucrânia.

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