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terça-feira, outubro 15, 2024
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Polícia Federal investiga empresários do funk e influenciadores por conexões com o PCC

Operação Latus Actio revela suspeitas de lavagem de dinheiro e loterias ilegais, envolvendo figuras como Henrique Viana e Wesley Alemão.

A investigação envolvendo empresários do funk e influenciadores digitais com milhões de seguidores nas redes sociais está em andamento. A Polícia Federal (PF) identificou conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e suspeitas de atividades como lavagem de dinheiro e loterias ilegais, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

A Operação Latus Actio, que investiga o esquema desde março, resultou na apreensão de celulares e computadores de figuras como Henrique Viana, conhecido como Rato, sua esposa, Daniela Viana, e o influenciador Wesley Alemão. As acusações foram negadas pela defesa.

Wesley Alemão, com 8,1 milhões de seguidores, se apresenta como um ex-gerente de um ponto de venda de entorpecentes e organizava sorteios de carros de luxo, como Ferraris e Lamborghinis. A PF suspeita que esses sorteios serviam como fachada para lavagem de dinheiro.

Rato e sua parceira estão imersos no cenário do funk, gerenciando artistas e organizando eventos por meio da produtora “Love Funk Shows”. De acordo com a PF, acredita-se que os lucros dos eventos eram utilizados para encobrir atividades do crime organizado.

Rato possui uma empresa de venda de pneus, uma fazenda na Paraíba e é dono da gravadora “Foguete Music Records” e da “Love Funk Music”. Em suas redes sociais, ele exibe uma vida luxuosa, com várias propriedades registradas em nomes de terceiros.

Relatórios dos bancos Itaú e Safra indicam que a Love Funk opera em uma área periférica, o que contrasta com seu alto fluxo financeiro. O Safra também observou que muitos indivíduos que transferiram dinheiro para a empresa eram beneficiários do auxílio emergencial de 2020.

Interceptações de conversas mostram a celebração do esquema, incluindo um vídeo em que Rato lança notas de dólar ao vento. Segundo a Receita Federal, ele não declarou bens e suas movimentações financeiras entre 2017 e 2022 foram consideradas irrelevantes pela PF.

O Coaf identificou que Wesley Alemão não emitiu notas fiscais de 2021 a 2022 e recebeu R$ 150 mil da Fox Rodas, empresa de Jonatas Dias dos Santos, também sob investigação, mas absolvido pela Justiça estadual. A Fox Rodas possui mais de 40 veículos de alto valor, somando mais de R$ 10 milhões, embora seu capital social seja apenas R$ 200 mil. Alemão vendeu um Porsche Carrera 911 para a empresa por R$ 900 mil.

A PF suspeita que Fox Rodas e “Pneus Itu Eireli” sejam fachadas para um esquema de lavagem de dinheiro, usado para aquisição de veículos e propriedades com proprietários reais diferentes, além de transações bancárias que ocultam a origem ilegal do dinheiro.

As comunicações interceptadas revelam ameaças de morte e a utilização do PCC para resolver conflitos entre empresários. Rato se envolveu em uma disputa com um rival conhecido como Dom Novo, que tinha contatos na Flórida. Em conversas, Rato ameaçou Dom Novo e discutiu a possibilidade de recrutar artistas para solucionar o conflito.

Em outra ocasião, Rato recebeu demandas de detentos da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde lideranças do PCC estão presas. Através de um intermediário, um líder do PCC enviou apoio a Rato, fazendo referência a um evento anterior.

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