No domingo, 16 de junho, após a cúpula pela paz na Ucrânia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comentou sobre a ausência do Brasil na assinatura da declaração final do evento.
Questionado sobre a decisão do Brasil e da China de não assinarem o documento, Zelensky enfatizou que ambos os países serão considerados conforme “adotarem os princípios das nações civilizadas”.
“A guerra não é uma divergência, é outra coisa”, declarou Zelensky, reforçando que a situação envolve a Rússia como país de ocupação e a Ucrânia como vítima. Ele sublinhou a gravidade do conflito e a necessidade de reconhecimento internacional dos direitos da Ucrânia à independência e integridade territorial.
Durante a cúpula, Zelensky observou que muitos países defendiam uma representação da Rússia, enquanto outros não desejavam estender a mão devido a opiniões divergentes.
O Brasil, representado como observador no evento, e outros países como Arábia Saudita, México, Índia, África do Sul e Indonésia, não assinaram a declaração final, que contou com a adesão de 84 nações, além da Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho da Europa.
Anteriormente, o ex-presidente Lula recusou participar do evento na Suíça, argumentando que a cúpula não alcançaria seu objetivo de paz sem a inclusão dos russos nas negociações. Suas declarações polêmicas sobre o conflito ucraniano, incluindo sugestões de responsabilidade do governo de Kiev na guerra e críticas à assistência ocidental aos ucranianos, foram vistas por alguns como alinhadas à narrativa do Kremlin.