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Produção de Arroz no Rio Grande do Sul Atinge 7,16 Milhões de Toneladas em 2023, Revela Conab

Mesmo com enchentes afetando 194,9 mil hectares, safra gaúcha supera a do ano anterior e garante 68% da produção nacional, reforçando a autossuficiência do mercado brasileiro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que a produção de arroz no Rio Grande do Sul atingiu 7,16 milhões de toneladas em 2023, conforme o 10º Levantamento da Safra 2023/24. A colheita, concluída em 11 de julho, abrangeu 900,6 mil hectares.

Esse resultado representa um aumento de 3,3% em relação à safra 2022/23, que totalizou 6,93 milhões de toneladas em 862,6 mil hectares. O Rio Grande do Sul responde por 68% da produção nacional de arroz, que alcançou 10,58 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5%.

O relatório da Conab indicou que 194,9 mil hectares de arroz foram afetados pelas cheias, representando 4,7% da área cultivada no estado. Desses, 42,1 mil hectares ainda não haviam sido colhidos durante a inundação.

Os números apresentados pela Conab são semelhantes aos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que estimou a produção de 2023/24 em 7.149.691 toneladas, apesar das perdas devido às inundações em maio. Segundo o Irga, a produção é suficiente para abastecer o mercado brasileiro, tornando desnecessária a importação de arroz.

A Conab também relatou que a colheita do arroz irrigado no Rio Grande do Sul abrangeu 900.203 hectares, com 851.664,22 hectares colhidos, resultando em uma produtividade média de 8.410,21 quilos por hectare. Na safra anterior, foram semeados 839.972 hectares, com uma produção total de 7.239.000 toneladas.

As enchentes de 2023/24 afetaram 46.990,59 hectares, ou 5,22% da área semeada, principalmente na região central do estado. O presidente do Irga, Rodrigo Machado, afirmou que a produção gaúcha de arroz é suficiente para abastecer o país, eliminando a necessidade de importação.

Em 11 de julho, ocorreu a primeira reunião de monitoramento de mercado entre produtores e o governo federal para garantir o abastecimento interno e os preços ao consumidor. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, disse que a reunião foi um acompanhamento normal de preços.

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) informou que as exportações de arroz caíram 31,7% em volume e 22,1% em receita no primeiro semestre de 2023, devido às enchentes que impactaram a infraestrutura e a logística no estado.

Durante as cheias de maio, a colheita estava 84% concluída, com uma previsão de mais de 7 milhões de toneladas para a safra 2023/24. Produtores das regiões Central e Sul enfrentaram desafios como o alagamento das plantações e perdas de estruturas e animais.

O Irga garantiu que a safra seria suficiente para abastecer o mercado interno, mesmo com o governo autorizando a importação de 1 milhão de toneladas de arroz. A medida gerou reações contrárias, com entidades e lideranças sinalizando uma possível redução no cultivo caso as importações ocorressem.

A diretora técnica do Irga, Flávia Tomita, destacou que a orizicultura gaúcha evoluiu em produtividade e tecnologia, graças à pesquisa e ao manejo aprimorado, e que os arrozeiros desempenham um papel importante no avanço do setor.

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