As perspectivas do PT em Minas Gerais de avançar para o segundo turno na eleição para a prefeitura de Belo Horizonte são consideradas mínimas, e a insatisfação interna já começa a surgir em relação aos responsáveis pelo possível fracasso eleitoral. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, é o principal alvo das críticas. Reginaldo Lopes, um dos líderes mais influentes do PT-MG, defendia uma aliança com o atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD). No entanto, Gleisi interveio, vetando a coalizão e insistindo na necessidade de um candidato próprio.
Essa decisão gerou descontentamento entre os membros do partido, especialmente em Minas Gerais. Lopes, com sua sólida compreensão da política local, acreditava que formar uma aliança com Noman seria a melhor estratégia. A imposição de Gleisi, vista como uma interferência “forasteira” de sua posição nacional, resultou em um desempenho fraco para o PT nas pesquisas eleitorais.
Adicionalmente, a interferência de Gleisi prejudicou a relação do PT com o PDT, que também lançou uma candidatura própria com Duda Salabert, fragmentando ainda mais o campo da esquerda na capital mineira.
O candidato petista Rogério Correia, escolhido por Gleisi, apresenta números preocupantes nas pesquisas: 5% na Quaest (MG-09740/24), 5,9% no Marca (MG-00538/24) e 11,9% na AtlasIntel (MG-09528/24), indicando um cenário desafiador para o partido em Belo Horizonte.