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quinta-feira, outubro 17, 2024
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Seis pacientes contraem HIV após transplantes no Rio de Janeiro

Caso inédito no Brasil revela falhas em exames de doadores, levando a investigações e preocupações sobre a segurança nos transplantes de órgãos.

Em um caso inédito no Brasil, seis pessoas contraíram HIV, o vírus da Aids, após receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro. A investigação, conduzida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério Público, revelou que dois doadores eram soropositivos, mas os exames realizados pela empresa PCS Laboratórios, de Nova Iguaçu, mostraram resultados negativos na época das mortes.

As informações foram divulgadas pelo diretor-geral de conteúdo do Grupo Bandeirantes de Comunicação e âncora da BandNews FM, Rodolfo Schneider. O primeiro caso foi notificado em 10 de setembro, quando um paciente que havia recebido um coração apresentou sintomas e, ao buscar atendimento, descobriu que estava com HIV. Após esse caso, mais cinco pessoas foram identificadas com a mesma situação.

A doação de órgãos ocorre após a confirmação de morte encefálica, e os doadores passam por exames clínicos para avaliar a aptidão para a doação. O grupo PCS Laboratórios foi contratado emergencialmente pela Secretaria Estadual de Saúde em dezembro do ano passado, em um momento de sobrecarga no Hemorio.

Após a descoberta do erro nos exames, a Anvisa fiscalizou e interditou o laboratório por irregularidades. Desde 2021, a empresa tinha contratos com o governo do Rio, recebendo R$ 11 milhões para procedimentos de transplante.

Além dos seis casos confirmados, estima-se que até 600 pessoas possam ter sido infectadas. O Hemorio está realizando testes em 288 doadores para investigar possíveis falsos negativos.

O Rio de Janeiro realiza transplantes desde 1964, e essa é a primeira ocorrência desse tipo. Centrais de transplantes em todo o país se reuniram para discutir medidas de segurança para evitar novas situações semelhantes.

A secretária estadual de Saúde do Rio, Claudia Maria Braga de Mello, esclareceu que o governo não tem vínculo com o laboratório e que foi aberta uma sindicância para apurar a situação. Ela enfatizou que a segurança do paciente é a prioridade e que o sistema de transplantes no Brasil é seguro.

“Me solidarizo com as famílias. O impacto é grave para eles e para mim. Não interrompemos outros transplantes em momento algum. A doação é para salvar vidas”, afirmou.

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