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terça-feira, fevereiro 11, 2025
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Transferência de 11 líderes de facção para isolamento em Charqueadas reforça protocolo contra homicídios

Onze líderes de uma facção criminosa foram transferidos nesta semana para o módulo de isolamento na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), na Região Carbonífera do Rio Grande do Sul. A ação integra a Operação Pecado Capital, que envolveu o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Brigada Militar e Polícia Penal.

A transferência visa conter a comunicação e a influência dos detentos, considerados responsáveis por ordenar homicídios e comandar atividades ilícitas.

Os transferidos

Entre os 11 presos, quatro já cumpriam pena na Pasc:

  • Josenildo Tiago da Silva (“Nito”)
  • Rafael da Silva Roman (“Rafinha”)
  • Cristiano Feijó Madrile (“Cabelo”)
  • Luís Felipe de Jesus Brum

Os outros sete foram deslocados de diferentes penitenciárias:

  • Douglas Machado Pinheiro
  • Deividi Vilanova dos Santos (“Zóio”)
  • Denilson Oscar Nunes (“Amarelo”)
  • Cassiano Pires da Silva
  • Aleff Batista Cruz de Melo
  • Wagner da Silva Nunes (“Lacraia”)
  • Rafael Amaral Mendes

Operação Pecado Capital e a morte de “Nego Jackson”

A transferência ocorre após a morte de Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como “Nego Jackson”, assassinado dentro da Penitenciária Estadual de Canoas 3 em novembro de 2023. Dois suspeitos do crime já haviam sido remanejados anteriormente, incluindo Rafael Telles da Silva (“Sapo”), transferido para uma penitenciária federal.

Estrutura do módulo de isolamento

Com 76 celas individuais, o módulo recebeu R$ 30 milhões em investimentos. A unidade é projetada para bloquear qualquer contato dos detentos com o mundo exterior, impedindo atividades criminosas.

Dissuasão focada: o protocolo em prática

A medida é parte da aplicação da teoria da dissuasão focada, desenvolvida pelo criminologista David Kennedy. O método combina repressão seletiva a líderes de facções com ações como bloqueio financeiro e transferências estratégicas.

Os resultados já são visíveis no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, a estratégia gerou uma redução de 54,4% nos homicídios em 2023, alcançando o menor índice desde 2010 e posicionando a cidade abaixo do patamar considerado epidêmico pela OMS.

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