O vírus da Influenza D (IDV), encontrado nos bovinos em diferentes continentes, foi detectado pela primeira vez na América do Sul. O estudo de universidades da região analisou amostras de animais da cidade de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.

Os pesquisadores identificaram o vírus em um surto de alphaherpesvirus bovino tipo 1 (BoHV-1) na cidade gaúcha. A amostra analisada foi a secreção nasal de nove bovinos de raça Europeia, entre 4-8 meses de idade. Por meio do sequenciamento genético, foram feitas análises para caracterizar o vírus.

“Comparando-o com sequências virais referências, detectadas em outros países, foi observado que o IDV brasileiro claramente pertence a um novo subgrupo de IDV”, afirma Mariana da Silva, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo. Dessa forma, além de ser a primeira detecção do vírus na América do Sul, também se difere das amostras encontradas na América do Norte, Europa e Ásia.

Apesar de o Brasil possuir a maior população bovina para fins comerciais e ser o maior exportador de carne bovina, o IDV ainda não havia sido identificado no País. Conforme Mariana, sua presença e severidade clínica dependem de diversos fatores. Ainda não está claro se o vírus pode ser transmitido a seres humanos.

O vírus pode causar doença respiratória em suínos e anticorpos contra IDV têm sido detectados em uma série de outras espécies, e há indícios da presença de anticorpos contra o vírus, também, em seres humanos.

A pesquisa foi feita pela Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale em parceria do Laboratório de Virologia Veterinária e do Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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