Saúde discute retomada da Planificação na pós-pandemia

ASSESSORIA

Com as bandeiras do Distanciamento Controlado se mantendo laranjas em todo o Estado, a Secretaria da Saúde (SES) começa a retomar trabalhos deixados em segundo plano durante o ano de 2020, em consequência da pandemia da Covid-19. Aos poucos, discussões como a da Planificação da Saúde voltam à pauta da equipe diretiva da SES e das Coordenadorias Regionais da Saúde (CRSs). O tema foi tratado em reunião virtual nesta quarta-feira (30) entre a secretária da Saúde, Arita Bergmann, diretores da SES, CRSs envolvidas no processo e integrantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

O objetivo foi trocar ideias entre as diferentes regiões do Estado para saber como cada coordenadoria lidou com a Planificação durante o período e elaborar métodos conjuntos de retomada do trabalho. “Apesar de termos voltado todos nossos esforços este ano até o momento para o combate à Covid-19, seguimos apostando na Planificação, não só como um processo de reorganização dos serviços públicos na área da saúde, mas como um balizador de estratégias que resultem em entregas aos cidadãos”, falou a secretária Arita.

O exemplo ficou por conta da 4ª CRS, que abrange 32 municípios na região de Santa Maria. De acordo com a enfermeira Patrícia Mattos Almeida, o processo de Planificação em andamento no município de Santa Maria permitiu uma melhor resolutividade e prevenção no cuidado com os pacientes em relação à Covid-19, principalmente por manter os vínculos entre serviço de saúde e usuários.

Planificação da Saúde
“Uma Atenção Primária em Saúde robusta pode responder entre 80 a 90% das demandas dos usuários. Existem diretrizes a serem seguidas para garantir o cuidado qualificado nos postos e diminuir encaminhamentos desnecessários à atenção especializada”, explica a coordenadora estadual da Atenção Básica, Raíssa Barbieri Ballejo Canto. A Planificação busca diminuir filas, ter um acolhimento com classificação de risco e responder às demandas dos usuários – o máximo possível – dentro dos postos de saúde.

Raíssa também defende que o fortalecimento da Atenção Primária é essencial para qualificar a assistência aos usuários por meio da promoção da saúde e prevenção de agravos, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos e visando à sustentabilidade do SUS.

Para que isso seja realizado, a Planificação reúne ações educacionais voltadas a aprimorar conhecimentos, desenvolver habilidades e atitudes necessárias à organização e qualificação dos processos assistenciais, por meio de oficinas teóricas e tutorias. Precisamos parar de pensar a saúde pública com um conceito meramente assistencialista e pensarmos na saúde integral dos indivíduos”, concluiu Arita Bergmann.