O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou o que chamou de “manipulação política” da religião durante uma aula magna na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) nesta sexta-feira (8). Segundo Barroso, a fé deve permanecer como uma questão privada e não ser explorada por líderes políticos para angariar votos.
Durante seu discurso, o ministro destacou a necessidade de combater a instrumentalização da religião para fins políticos, onde líderes religiosos são usados para influenciar eleitores. Ele enfatizou que rotular o adversário político como “o demônio” é uma abordagem bárbara e antiética em relação à religião.
Barroso também mencionou um incidente recente em que manifestantes, após atos de depredação, se ajoelharam para rezar. Ele expressou surpresa com essa combinação de religião e ódio, argumentando que a verdadeira religião é oposta à violência e ao ódio, defendendo a capacidade de compreender e converter o outro, mesmo diante de comportamentos absurdos.