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quinta-feira, maio 16, 2024
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Entidades do setor produtivo e sindicatos criticam manutenção da Selic

A CNI citou que os juros reais (ao ser descontada a inflação) estão em 7,7% ao ano, 3,7 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra | O Sul

A decisão do Banco Central (BC) de manter em 13,75% ao ano a taxa Selic (juros básicos da economia) recebeu críticas das entidades do setor produtivo. Elas acreditam que a medida manterá o crédito caro e atrasará a recuperação da economia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou de “equivocada” a decisão. Para a entidade, o cenário atual da economia indicava que o Copom deveria ter começado a reduzir a Selic nesta reunião.

“A CNI espera que esse processo de redução da Selic se inicie na próxima reunião. A confederação acredita que a manutenção da taxa de juros é, neste momento, desnecessária para o combate à inflação e apenas traz custos adicionais para a atividade econômica”, destacou o comunicado. A entidade citou que os juros reais (ao ser descontada a inflação) estão em 7,7% ao ano, 3,7 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra da economia.

Rio Grande do Sul

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, “a indústria não aceita esse nível de juros, ela sofre para obter seu capital de giro, e com essa taxa, não suporta tomar dinheiro no sistema bancário para tocar seus negócios”. Ele acrescenta que nada justifica juros de 13,75% ao ano, oito pontos acima de uma inflação que registrou 5,6% nos últimos 12 meses.

Segundo Luiz Carlos Bohn,presidente da Fecomércio-RS, “apesar do alerta que vem do cenário externo desencadeado pelos eventos no sistema bancário internacional, enquanto não fizermos nosso dever de casa, com o governo se comprometendo com uma trajetória sustentável da dívida pública mediante apresentação de novo arcabouço fiscal crível e robusto, pressões para baixar os juros na canetada e críticas ao Banco Central só aumentam o risco desse patamar elevado de juros seguir alto por mais tempo, punindo fortemente a atividade empreendedora.”

Centrais sindicais

As centrais sindicais, que protestaram nos últimos dias contra os juros altos, também criticaram a decisão do Banco Central. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou a decisão. Para a entidade, a manutenção dos juros “revela uma completa submissão do Copom aos interesses dos rentistas e um evidente boicote do presidente do BC ao esforço de todos e todas que trabalham pela retomada do crescimento da economia”.

A Força Sindical emitiu nota em que classifica os juros atuais de “extorsivos”, sufocando a produção, o consumo e a geração de empregos. “Mais uma vez o Copom [Comitê de Política Monetária] do Banco Central frustra os trabalhadores (as), e se curva aos especuladores. Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas. A manutenção da taxa em 13,75% ao ano é um verdadeiro prêmio aos especuladores e uma extorsão para os brasileiros e o setor produtivo”, destacou a Força Sindical no texto.

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