Fugitivos estavam em disciplina sem sair de celas há 5 meses

Os dois criminosos que fugiram de uma prisão federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, estavam há cinco meses sem sair de suas respectivas celas. A informação é do juiz-corregedor Walter Nunes. De acordo com ele, o isolamento se deu porque Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça estavam em Regime Disciplinar Diferenciado, considerado o pior dos castigos.

Durante o RDD, que pode durar até um ano, os detentos em disciplia não podem tomar banho de sol, mas tem acesso a luz solar por que suas celas são adaptadas para que os raios entrem. É considerado comum que presos recém-chegados fiquem nesse sistema.

Em uma coletiva de imprensa, Nunes disse que o buraco feito em uma das celas, espaço pelo qual os criminosos fugiram, foi feito com barras de ferro. Ele disse não saber como os bandidos tiveram acesso aos objetos, mas tem certeza que alguém entregou os itens aos detentos.

A penitenciária de segurança máxima estava passando por reformas no dia em que os criminosos fugiram. De acordo com o portal UOL, as investigações podem apontar funcionários ou até mesmo policiais que ajudaram Deibson e Rogério.

Nunes definiu a fuga histórica como “o episódio mais grave da história dos presídios de segurança máxima do Brasil”. Essa foi a primeira vez que uma prisão de segurança máxima no Brasil registrou uma fuga.