Com 140 municípios sofrendo prejuízos em função da estiagem, o governo do Estado ampliou o prazo para adesão a sementes forrageiras e o subsídio para sementes de milho no programa Troca-Troca. As medidas foram anunciadas na tarde desta quarta-feira (5), cinco horas após reunião do governador Eduardo Leite com três secretários.

– Estamos atentos à situação dos municípios e unindo esforços para prestar atendimento aos produtores que precisam lidar com esse tipo de intempérie, seja a ausência ou o excesso de chuva – disse Leite.

O prazo para os produtores manifestarem interesse no programa Sementes Forrageiras foi estendido até 15 de janeiro. O objetivo é permitir a alimentação dos animais, uma vez que as pastagens estão secando em razão da falta de chuva. Já a ampliação do subsídio no Troca-Troca de Semente de Milho da safra 2021/2022 não foi detalhada. A medida será válida apenas nos municípios que decretaram situação de emergência, mas o repasse dos valores ainda será discutido entre as secretarias da Agricultura e da Fazenda.

Durante a reunião, Leite pediu à secretária da Agricultura, Silvana Covatti, que estude melhores condições nas taxas de juro de crédito rural contratado pelos produtores de leite. Conforme a Emater, a queda na produção alcança a marca de 1,6 milhão de litros por dia.

Apesar da expectativa por ajuda nas mais de 138 propriedades afetadas pela seca, o governo não anunciou liberação de recursos do programa Avançar na Agricultura. Dos R$ 275,9 milhões prometidos para investimento em 2022, R$ 201 milhões são para ações de irrigação. Por enquanto, a Defesa Civil está encarregada de definir estratégia para enviar caminhões-pipas às cidades mais afetadas.

Prefeito em exercício de Júlio de Castilhos, primeiro munícipio a decretar situação de emergência por causa da seca, Carlos Alberto Rezende esteve pessoalmente em Porto Alegre na terça-feira em busca de socorro para amenizar as perdas no campo. Rezende pediu cisternas, caixas d’água e a perfuração de poços artesianos, mas voltou para o município da Região Central levando apenas um tanque com capacidade para 4,2 mil litros de água.

– A situação só piora. Estamos com nosso decreto já homologado pelo governo do Estado, mas ainda aguardamos ajuda – afirma Rezende.

Em todo o Estado, 123 municípios decretaram situação de emergência – 15 já tiveram o status homologado pelo Estado e 11, reconhecido pelo governo federal. Na próxima semana, está previsto um sobrevoo da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre as áreas mais afetadas do Rio Grande do Sul.

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