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terça-feira, maio 7, 2024
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Hater de Internet: o lado tóxico das redes sociais no Brasil

As redes sociais, ferramentas que conectam e facilitam a comunicação, também podem ser palco de um fenômeno prejudicial: o ódio online. No Brasil, a cultura do “hater” (como do “lacrador”, que angaria haters em seu “exército”) se prolifera,impactando a saúde mental de indivíduos e minorias e criando um ambiente hostil na Internet.

Perfil do Hater

Motivados por frustrações, preconceitos e inveja, e com a ajuda do anonimato, os “haters” se escondem atrás de perfis falsos (ou até mesmo verdadeiros e verificados) para disseminar comentários ofensivos, críticas destrutivas e ataques pessoais. Utilizando linguagem chula,deboches e ameaças, visam a desmoralizar,humilhar e provocar suas vítimas.

Recentemente, tive de deixar o Twitter – e faço esse comunicado – por uma onda de ódio, xingamentos pessoais de quem não me conhece e desrespeito à opinião alheia. Tenho todas as ofensas printadas, guardadas, mas, por hora, tenho escolhido a paz. É inútil discutir com “pombos enxadristas” – Paradoxo do Pombo Enxadrista -, não querendo eu dizer com isso que tenho sempre razão.

Consequências para a Saúde Mental

O impacto do ódio online na saúde mental é significativo. As vítimas podem sofrer com:

  • Ansiedade: a constante ameaça e o medo de novos ataques geram ansiedade crônica, dificultando o foco e a concentração.
  • Depressão: sentimentos de tristeza, vergonha e isolamento podem levar à depressão, impactando a autoestima e a qualidade de vida, e, em casos extremos, levando ao suicídio.
  • Transtornos de sono: a mente perturbada pelo ódio online pode causar insônia, pesadelos e outros distúrbios do sono.
  • Baixa autoestima: a repetição de críticas e ofensas pode minar a autoestima da vítima, levando a pensamentos negativos e autodepreciação.
  • Autocensura: o medo de ser atacado pode levar à autocensura, limitando a liberdade de expressão e participação online. Além da autocensura, ainda temos a constante censura dos próprios usuários e, supostamente, a vigilância do governo democrático do Brasil.

Combate ao Ódio Online

É fundamental combater o ódio online para proteger a saúde mental dos usuários e promover um ambiente digital mais saudável. Algumas medidas podem ser tomadas, como:

  • Denunciar perfis e conteúdos de ódio: as plataformas digitais devem oferecer ferramentas eficazes para denunciar e remover conteúdos abusivos. Infelizmente, quase todas as denúncias no Twitter e no Instagram “acabam em pizza”, e, nisso, o botão “block” se torna extremamente útil. Elimine quem não acrescenta, e, pior, diminui suas opiniões e sua pessoa.
  • Educação digital: É necessário conscientizar os usuários sobre os impactos do ódio online e promover o respeito mútuo nas redes sociais. Mas como? Com movimentos “anti-haters” e punição mais severa aos “ousados”, a maioria em perfis fakes, mas muitos deles advogados, políticos, celebridades etc., sem noção e ainda com uma horda de ódio a seu favor.
  • Legislação específica: a criação de leis que punam o cyberbullying e crimes cibernéticos é fundamental para coibir o comportamento dos “haters”. A Lei ainda está devendo nesse ponto, apesar de difamação, calúnia e bullying, mesmo online, constituírem crimes.
  • Apoio psicológico: vítimas de ataques online devem ter acesso a apoio psicológico para lidar com os efeitos negativos na saúde mental e até física.

É importante lembrar que, aqui, a saúde mental é prioridade. Se você é ou foi vítima de ódio online,não hesite em buscar ajuda. Denuncie os ataques,bloqueie os “haters” e procure apoio de amigos,familiares ou profissionais de saúde mental.

Ao combatermos juntos o ódio online, podemos construir um ambiente digital mais positivo, onde a expressão e a comunicação se desenvolvam com respeito e empatia. Mito? Talvez um pouco, mas o primeiro passo é tentar.

Lembre-se de que você não está sozinho(a). As redes sociais e a Internet em geral podem ser um espaço para conexão, aprendizado e crescimento, mas, infelizmente, há os “haters” (“odiadores”, em inglês). Algumas pessoas frustradas vivem só para isso: xingar e humilhar nas redes sociais. Não deixe que os “haters” apaguem a sua voz, sua autoestima e suas convicções, caso estejam bem enraizadas. E, mais importante: não seja um deles. Fale com respeito, sem acusações levianas; ao se sentir desrespeitado(a) ou vítima de calúnia e difamação, denuncie à Justiça. Ela não anda muito bem no Brasil, a eficácia ou o julgamento parece depender dos réus, mais ainda é o instrumento com que cada um de nós conta para nos proteger, e aos nossos, de ataques que podem se tornar mais sérios que meros xingamentos online, repletos de ódio, julgamentos e desprezo.

Lembre-se: as pessoas tendem a refletir nos outros o que não aceitam em si, e, como diz o ditado: “Gente feliz não enche o saco”.

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