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sexta-feira, maio 17, 2024
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Indústria segue modelo de ruralistas e cria frente parlamentar no Congresso Nacional que já reúne 290 deputados e senadores

Fiergs acompanha a evolução das medidas econômicas do governo Lula.     |          Foto: Divulgação/Fiergs                |        O Sul 

Há menos de dois meses, parlamentares, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), resolveram organizar um grupo semelhante à bem-sucedida Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), só que voltado para o setor industrial.

O primeiro teste para a atuação conjunta do grupo que reúne, até agora, 290 deputados e senadores, já tem data para ocorrer: a discussão da reforma tributária. “Temos menos indústria e muito menos representatividade do que poderíamos ter”, admitiu o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.

“Se a frente influenciar e trabalhar em defesa da visão da indústria, em um projeto que consiga equalizar o peso dos impostos, simplificando e trabalhando por justiça social, certamente conquistará um importante espaço no Parlamento”, disse o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Césio Caetano.

Iniciativas isoladas

Até agora, ponderou ele, o setor tem ficado a reboque de iniciativas isoladas e interesses individuais. “Devemos acabar com a omissão. Precisamos ser relevantes nas decisões do Congresso que se refletem nos nossos negócios e na vida nacional.”

O coordenador da nova frente, deputado José Rocha (União Brasil-BA), reconheceu que o desafio é “imenso”. Diferentemente do que ocorre com o agronegócio, Rocha observou que o setor industrial carece de líderes fortes que defendam seus interesses. “É um setor muito disperso, de concorrência entre os principais interlocutores. Veja o caso da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da CNI, que disputam protagonismo. Não há união”, disse. A frente parlamentar é suprapartidária.

Não é preciso perguntar muito para perceber que conciliar interesses, até mesmo ideologias e preferências políticas, exigirá muito jogo de cintura de quem quiser chegar a um consenso. No Rio Grande do Sul, Estado eminentemente bolsonarista, a federação das indústrias local (Fiergs) acompanha a evolução das medidas econômicas do governo Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar ou diminuir investimentos no setor.

“Há muita incerteza econômica e a confiança está em baixa neste começo de governo. A indústria gaúcha deverá ser cautelosa e esperar um cenário com melhores condições para efetivar os investimentos”, afirmou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Pesquisa da Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da entidade aponta que, em 2022, a proporção de empresas que investiram cresceu pelo segundo ano consecutivo. Foram 2,5% acima do registrado em 2021 e 11,2% maiores do que em 2020. Entretanto, para 2023, o levantamento sinaliza um cenário desfavorável. Apenas 54% das empresas têm intenção de investir. “A indústria gaúcha, sem uma sinalização de estabilidade, continuará esperando o desenrolar dos acontecimentos”, afirmou.

Trabalhista

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flavio Roscoe Nogueira, por sua vez, avaliou que o País vive uma conjuntura “muito ruim” para a indústria. “O que conta ainda em nosso favor é que somos um segmento muito importante da economia e, em qualquer nação desenvolvida, ele acaba sempre tendo relevância política.” Ele disse não acreditar que seja fácil aglutinar os interesses do setor em uma frente, mas considerou positiva a iniciativa.

“Alguns dos grandes entraves precisam ser decididos no Congresso. Veja, por exemplo, a reforma trabalhista. É preciso reformar a reforma rapidamente porque aquela que foi feita é pífia”, disse Nogueira. “É a mais cara mão de obra do mundo e a Justiça trabalhista continua sendo a mais protetora do mundo também.”

Na opinião do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, à medida que a indústria de transformação não cresce, o setor perde reconhecimento e o consenso entre os representantes se torna muito difícil.

Ele citou como exemplo o agronegócio, que tem uma das mais poderosas frentes do Congresso. “Eles pensam todos iguais? Não. Mas debatem suas divergências, chegam a um acordo e levam essa posição adiante. Eles têm um Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura). Nós temos quem?”, questionou.

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