Cerca de sete horas após o registro do segundo homicídio de 2022 em Guaporé, as forças da segurança pública, em rápida mobilização e atividades conjuntas, conseguiram elucidar o caso com a prisão de três suspeitos, a apreensão de duas pistolas 9 milímetros (mm) e dois automóveis utilizados na ação delituosa e na tentativa de resgate. Um criminoso, após atentar contra os policiais durante a fuga, foi morto nas proximidades do Rio Guaporé, zona rural.

A ação dos policiais da Brigada Militar (BM) – guarnições de Guaporé, Vespasiano Corrêa, Teutônia e equipes da Força Tática (FT) do 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (3º BPAT), do Batalhão de Aviação, e da Delegacia de Polícia Civil (DP) de Guaporé, foi desencadeada após Luis Tiago Nogueira Borges, de 37 anos, ter sido assassinado no começo da manhã do sábado, dia 2 de abril. O crime aconteceu em um imóvel (parte inferior/porão) na rua Guilherme Mantese, 1208, no bairro Centro. Borges foi alvejado por cerca de sete tiros de pistola 9 mm, dos mais de 10 efetuados por um dos criminosos que havia desembarcado de um Hyundai/Sonata, cor preta. Borges, com antecedentes por furto, tráfico de droga entre outros, morreu no local.

Em questão de segundos, agentes da DP, que estavam pelas proximidades, deram início a perseguição. Acionados, policiais militares foram auxiliar. Em questão de minutos. Os criminosos se viram encurralados na Comunidade São Miguel – Distrito de Colombo. Dezenas de policiais estavam na caça. Um jovem, de 25 anos, que serviu de motorista para os executores foi preso em frente a Capela. Ele aguardava o condutor, de 28 anos, de um Hyundai/HB20 – automóvel uitlizado como transporte de aplicativo. Ele, ao chegar para buscar o trio, também foi preso. Não descarta-se que um deles faça parte de uma facção de Bento Gonçalves.

Mais abaixo, em uma propriedade rural, dois criminosos, de 24 e 37 anos, haviam escondido o Sonata em uma garagem. O planejado era dar sequência na fuga com os comparsas. Porém, BM e PC chegaram juntos e ambos empreenderam fuga pela vegetação fechada em direção ao Rio Guaporé. A perseguição seguiu e, a cada minuto, novas informações sobre o paradeiro dos bandidos eram repassadas. Por volta das 14h30min, a caçada chegou ao fim. Próximo do leito do rio, os policiais se depararam com a dupla.

“Nos dirigimos, juntamente com policiais civis, até o ponto onde estes criminosos seriam resgatados para saírem da região. Em virtude disso, dois foram presos no local, e os outros foram ao mato. Localizamos e um deles foi preso. O outro, com intensão de atentar contra os policiais (estava armado), foi alvejado e morreu. Tudo indica que estes estariam envolvidos em outros homicídios na cidade”, disse o Tenente Coronel Barcellos.

Com o quarteto, os policiais apreenderam: duas pistolas 9 mm (marca Taurus), três telefones celulares, dois carregadores de arma de fogo, 34 munições de pistola, roupas e uma quantia em dinheiro. Dois dos suspeitos eram naturais de Porto Alegre (um residindo em Bento Gonçalves) e os outros de Guaporé e Bento Gonçalves.

O trio, após o recebimento de voz de prisão, foi encaminhado para a DP de Guaporé para os procedimentos legais. Posteriormente dois deles, os criminosos de 24 e 25 anos, foram conduzidos para o sistema prisional gaúcho. O motorista de aplicativo, após prestar depoimento, foi liberado. Peritos do Departamento de Criminalística – Instituto Geral de Perícias (IGP), de Caxias do Sul, foram acionados para o levantamento fotográfico e dos dados no imóvel onde Borges foi morto. Os dois automóveis foram recolhidos ao pátio guincho credenciado ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS). O Sonata era objeto de furto/roubo na cidade de Soledade e estava circulando com placas clonadas.

Investigação

Agentes da DP, sob coordenação do delegado Tiago Lopes de Albuquerque, investigam se o veículo Hyundai/Sonata é o mesmo utilizado no primeiro homicídio do ano registrado no dia 21 de março na Comunidade Vila Verde. O delegado Albuquerque afirma que os trabalhos de investigação estão adiantados e um acerto de contas por disputa de território para o domínio na comercialização de drogas entre facções não está descartado.

“Vamos apurar os fatos e as circunstâncias que levaram à morte da vítima. Uma execução, em plena luz do dia, que nós teremos que investigar a motivação. Salientamos o trabalho rápido, o empenho e a dedicação dos policiais civis e militares para a prisão dos envolvidos”, disse.

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GAUDÉRIO NEWS TV