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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Primeiro-ministro do Reino Unido e vice-presidente dos Estados Unidos chamam conflito na Ucrânia de “guerra global”

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, condenaram os países que apoiaram os esforços do presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, disse o gabinete de Sunak, descrevendo a guerra como uma “guerra global”.| O Sul

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, condenaram os países que apoiaram os esforços do presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, disse o gabinete de Sunak, descrevendo a guerra como uma “guerra global”.

“O primeiro-ministro e a vice-presidente Harris condenaram os países que apoiaram os esforços de Putin política e militarmente”, disse seu gabinete em um comunicado após a reunião na Conferência de Segurança de Munique no sábado.

“Eles concordaram que a guerra de Putin na Ucrânia é uma guerra global, tanto em termos de impacto na segurança alimentar e energética quanto em termos de implicações para normas internacionalmente aceitas, como soberania”, acrescentou o comunicado.

O encontro que reúne os dezenas de chefes de Estado do mundo todo mostrou a forma como os EUA e a Europa estão olhando para o conflito. Pela primeira vez de forma oficial, Washington acusou a Rússia por “crimes contra a humanidade”.

“Examinamos as provas, conhecemos as normas legais e não há dúvida de que se trata de crimes contra a humanidade”, disse Kamala Harris para os demais líderes.

Para comprovar sua tese, Harris citou os seguintes casos, que segundo Washington, foram cometidos por militares russos na Ucrânia:

– Execuções sumárias;
– Tortura;
– Estupro;
– “Transferência” de centenas de milhares de civis ucranianos para a Rússia, sem o consentimento deles.

“Afirmo a todos os que perpetraram esses crimes e a seus superiores ou cúmplices: vocês responderão por eles”, acrescentou Kamala Harris.

Esta foi a primeira vez que os Estados Unidos acusam abertamente a Rússia de ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia desde a invasão russa, que completa um ano na semana que vem.

A fala indica um movimento mais agressivo de Washington na guerra. Há meses, representantes do governo russo vêm alertado de uma interferência do Ocidente, encabeçada pelos EUA, e ameaça retaliações.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que também participa da conferência em Munique, respaldou a tese de Harris e falou de um “ataque generalizado e sistemático do Kremlin contra a população civil na Ucrânia”.

Blinken afirmou ainda que, ao utilizar a classificação de crimes contra a humanidade, os Estados Unidos comprometem-se a ajudar para que o governo e as forças russos “prestem contas dos seus atos” perante a Justiça.

“Não pode haver impunidade para esses crimes”, conclui Blinken.

Desde o início da invasão, os Estados Unidos documentaram ou catalogaram mais de 30.600 casos de crimes de guerra cometidos por forças russas na Ucrânia, disse o Departamento de Estado dos EUA.

Alguns desses casos, segundo os EUA, ocorreram em Bucha, cidade próxima a Kiev onde forças da Ucrânia encontraram dezenas de corpos de civis pelas ruas após militares russos, que ocupavam o local, deixarem a região, em meados de 2022.

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