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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Plano para matar senador Sergio Moro desafia a segurança pública

Segundo investigadores, a retaliação a Moro era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios.| O Sul

A Operação Sequaz, da Polícia Federal, desmontou um esquema para sequestrar e matar autoridades públicas e seus familiares. Segundo as investigações, o Primeiro Comando da Capital (PCC) planejou o crime, que tinha como alvos principais o senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. O DF seria um dos locais dos ataques. Nove pessoas foram presas.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, elogiou a atuação da PF e criticou o uso político do caso pela oposição. Segundo o titular da pasta, entre os alvos do grupo estavam um senador e um promotor de Justiça. Cerca de 120 policiais federais estão cumprindo 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Pelas redes sociais, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que seria um dos alvos do grupo. “Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, disse.

A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, Moro determinou a transferência do chefe da facção, Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

De acordo com a PF, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná – onde estão os principais alvos – Rondônia e Mato Grosso do Sul. Até a última atualização desta reportagem, nove pessoas haviam sido presas – sete delas em Campinas, São Paulo.

Durante a operação, em São José dos Pinhais, no Paraná, os investigadores encontraram um cômodo atrás de uma parede falsa.

Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF. Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo, devido às investigações comandadas por ele.

Gakiya afirma que não há certeza se o plano era para matar ou sequestrar o senador Sergio Moro.

“É uma das possibilidades. A gente não pode dizer se o plano era para executar o ex-ministro Sérgio Moro ou se era um plano para sequestrá-lo, inclusive, junto com seus familiares. Talvez, a segunda opção fosse mais plausível, na visão dos investigadores. É uma personalidade pública e se houvesse esse sequestro causaria um clamor dentro e fora do Brasil, e com isso tentar trocar a liberdade de Moro e família pela soltura de Marcola ou a devolução dele para o sistema penitenciário paulista”, afirmou.

Investigações

Segundo investigadores, a retaliação a Moro era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios. Criminosos também trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola. Ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes.

A PF não havia informado qual era a portaria que motivou os planos dos criminosos e por que Moro estava entre os alvos mesmo, tendo deixado o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2020.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

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