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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Revalida tem a menor taxa de aprovação da história; saiba como funciona o exame para médicos formados no exterior

O Revalida foi criado em 2011 pelo Inep para centralizar o processo de validação de diplomas de medicina | O Sul

A taxa de aprovação no último Revalida, aplicado no segundo semestre de 2022, foi de apenas 3,75% – a menor em toda a história do exame, que começou a ser realizado em 2011 para autorizar médicos formados no exterior a trabalhar no Brasil.

Cerca de 96% dos candidatos que fizeram as provas foram reprovados na primeira ou na segunda etapas e, com isso, não conseguiram revalidar os diplomas.

Médicos brasileiros que se formaram em universidades estrangeiras e fizeram o Revalida recentemente reclamam de aumento indevido na nota de corte (pontuação mínima para o candidato ser aprovado), de inconsistências no conteúdo das provas e de falta de coerência na hora da correção.

Sem o Revalida, brasileiros ou estrangeiros formados em medicina em outros países não podem solicitar o registro nos Conselhos de Medicina do Brasil. O chamado CRM autoriza o médico a trabalhar no País.

No Revalida 2022/2, mais de 7 mil candidatos estiveram presentes na primeira etapa, composta por questões objetivas e discursivas. Desses, apenas 863 passaram para a segunda etapa, que é a parte prática. Ao final, apenas 263 conseguiram passar no exame.

Os resultados foram divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que coordena o Revalida. Candidatos afirmam que as provas são “feitas para reprovar” e apontam um possível “boicote” aos médicos formados no exterior. Muitos tiveram recursos negados pelo órgão e acionaram a Justiça para tentar reverter o resultado.

O que é o Revalida?

O Revalida foi criado em 2011 pelo Inep para centralizar o processo de validação de diplomas de medicina no Brasil. Anteriormente, isso era feito diretamente em universidades públicas brasileiras, mas cada uma adotava métodos próprios, o que bagunçava o processo.

O médico formado no exterior precisa passar por duas etapas para conseguir revalidar o diploma junto a uma universidade pública brasileira. Na primeira, são 150 questões: 100 objetivas e 50 discursivas. A segunda etapa testa as habilidades clínicas do médico com exercícios práticos.

A prova prática é dividida por estações que simulam atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) com a participação de atores. No total, são dez estações que abrangem cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, medicina da família, pediatria, cirurgia e ginecologia e obstetrícia.

Em cada local, o médico tem 10 minutos para seguir uma lista de tarefas e dar as respostas corretas sobre a saúde do “paciente”, indicando diagnóstico, tratamento e encaminhamento, por exemplo. A cada acerto, o médico ganha pontos, que são somados ao final.

Nessa etapa, o candidato não é avaliado no momento da prova: tudo é gravado em vídeo para posterior correção.

O médico que busca a revalidação do diploma precisa atingir a nota de corte em cada etapa. É a nota mínima para conseguir a aprovação, que é definida cerca de um mês antes da aplicação das provas.

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