Moradores de Sede Nova, no noroeste do RS, vivenciaram momentos que descreveram como “terror” durante a passagem do ciclone extratropical, entre quarta-feira (12) e quinta-feira (13). O município de 2,7 mil habitantes está entre os mais afetados pelo temporal e decretou estado de calamidade pública por causa dos estragos.
As autoridades locais estimam que o prejuízo total chegue a R$ 56 milhões. Há registro de danos em 540 residências. Pelo menos duas desabaram e três estão destruídas, com possibilidade de desabar a qualquer momento.
Além disso, 20 prédios públicos e 34 estruturas de uso comercial, como galpões de armazenamento de grãos e chiqueiros contabilizaram prejuízos. Dessas, 24 tiveram perda total e 10 parcial.
— Pelo terror que vivenciei, tenho que agradecer por estar viva — contou a moradora Rosélia Avozani. Ela estava no quarto quando percebeu que o vento já levantava as telhas de sua casa.
— Corri para a cozinha e nesse momento desabou o meu quarto, quase fiquei nos escombros — relatou. Rosélia havia acabado de chegar em casa quando a ventania destruiu boa parte da estrutura.
Até o meio-dia desta sexta-feira (14), Sede Nova contabilizava 1,2 mil desalojados e 21 pessoas feridas. Uma segue internada em estado estável.
Pedido de ajuda
Cerca de 80% da cidade registrou danos e o local continua parcialmente sem água e luz. De acordo com a Defesa Civil, o município aguarda recursos da União para começar a reconstrução.
Segundo o coordenador da Defesa Civil no município, Cristiano Machado, Sede Nova não tem como prover o custeio da ajuda sozinho.
— Precisamos de aporte do Estado e da União, além das forças de segurança para desobstruir acessos. Os feridos foram levados aos hospitais próximos e deve chegar mais ajuda em breve — disse.
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