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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Distribuidoras relatam restrições na oferta de diesel em vários estados

Associação atribui a escassez à nova política de preços da Petrobras, que mantém os valores do mercado interno congelados há cerca de 80 dias   |  Com informações da CNN

Distribuidoras de combustíveis estão manifestando insatisfação em relação às limitações na disponibilidade de diesel em diversas regiões do Brasil. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) coletou depoimentos sobre essas questões em consultas informais realizadas desde a semana passada.

Embora não se trate de uma falta completa de abastecimento, foram relatados obstáculos na distribuição em postos localizados em diferentes estados, incluindo Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, atribui a escassez de diesel à nova política de preços adotada pela Petrobras. Essa política mantém os valores do mercado doméstico congelados há cerca de 80 dias, o que desencoraja as importações.

A diferença entre o preço do diesel vendido no Brasil e no exterior já alcança R$ 1,29 por litro.

Em um comunicado, a Petrobras afirmou que está cumprindo integralmente suas obrigações contratuais com as distribuidoras. A empresa também enfatizou que o mercado brasileiro não depende exclusivamente dela, sendo atendido por diversas entidades, incluindo distribuidoras, importadores, refinadores e formuladores, todos com capacidade para suprir demandas adicionais.

O diesel S-10 é empregado no transporte de carga, transporte de passageiros e na geração de energia.

Diferença de preço no diesel

Os números apresentados pela Abicom ilustram a discrepância nos preços do óleo diesel.

A associação indicou que há uma discrepância nos preços praticados atualmente pela Petrobras, uma vez que o Brasil depende da importação desse produto, não sendo autossuficiente em diesel e gasolina.

Os gráficos a seguir revelam essas disparidades de preços. Os dados refletem a comparação entre os preços praticados pela Petrobras e os Preços de Paridade de Importação, ou seja, o custo de aquisição do combustível no mercado internacional.

Diesel

O gráfico inicia em agosto de 2022 e demonstra variações próximas à linha de paridade, com exceção de outubro e novembro, período das eleições presidenciais.

Durante essa fase, houve uma distorção no mercado e os preços dos combustíveis ficaram notavelmente abaixo da paridade.

Entretanto, após esse evento, o gráfico exibe uma oscilação mais estável, sugerindo tentativas de alinhar os preços ao mercado internacional.

A partir de maio de 2023, o gráfico mostra consistentemente preços abaixo da linha de paridade.

Os dados mais recentes indicam que o diesel vendido pela Petrobras está R$ 1,29 abaixo da paridade, o que equivale a 30% a menos.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em maio, 27,5% do diesel vendido nos postos brasileiros tinha origem importada.

Gasolina

O gráfico apresenta uma dinâmica semelhante. É relevante notar que houve um aumento nos preços nos meses de abril e maio, porém, após esse período, com o término da Política de Paridade Internacional, o preço da gasolina da Petrobras apresentou uma diferença de R$ 0,86 em relação à paridade, representando uma redução de 26% em comparação com os preços internacionais.

Assim como o diesel, a gasolina também é importada no Brasil. Em maio deste ano, 18,9% do produto vendido nos postos do país teve origem importada.

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