A primeira fase do projeto Drex, a moeda digital que será equivalente ao real brasileiro, foi adiada para maio do próximo ano. Isso se deveu à demora na inclusão de participantes e a questões relacionadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A informação foi divulgada pelo coordenador da iniciativa no Banco Central (BC), Fabio Araujo, em uma live semanal do BC no YouTube.
Esse adiamento representa um atraso de três meses em relação ao cronograma original, que tinha como meta o término da etapa de testes em fevereiro de 2024. De acordo com o plano original, a última etapa da fase de testes, envolvendo negociações simuladas com títulos públicos, estava programada para fevereiro, mas agora foi movida para maio.
Segundo Araujo, o cronograma está sendo executado de forma mais lenta do que o planejado inicialmente devido às dificuldades na inclusão de pessoas na rede do Drex. Ele também apontou que a preservação da privacidade tem sido um desafio significativo para o desenvolvimento dessa solução tecnológica.
Apesar desse atraso na fase de testes, ele manteve a estimativa de que o Drex estará disponível para os brasileiros até o final de 2024 ou o início de 2025.
De acordo com o Banco Central, cada letra do nome “Drex” representa uma característica da moeda digital:
- “D” representa digital;
- “R” representa real;
- “E” representa eletrônico;
- “X” sugere modernidade, conexão e é uma referência à última letra do Pix, o sistema de transferência instantânea criado em 2020.
O Drex será a versão digital da moeda brasileira (R$). Embora o dinheiro físico já seja representado por saldos em contas bancárias, o Drex trará vantagens práticas, como a redução de custos e etapas em transações entre consumidores e empresas. O Banco Central fornecerá a infraestrutura necessária para registrar operações de compra ou venda, como transações imobiliárias ou de veículos, por meio do Real Digital, automatizando o processo e diminuindo a necessidade de intermediários.
Nessas transações, não haverá mais a discussão sobre a necessidade de o consumidor depositar dinheiro antes de adquirir um bem ou de o vendedor transferir os documentos do bem antes de receber o pagamento. Todo o processo será realizado instantaneamente.
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