O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) tem uma visão da política internacional que divide o mundo entre “países tubarões” e “bagrinhos”. Os “países tubarões” são aqueles que estão sentados no Conselho de Segurança da ONU e agem conforme suas próprias decisões, enquanto os “bagrinhos” obedecem às leis internacionais e participam de organizações como o Tribunal Penal Internacional.
Lula acredita que o Brasil é um “bagrinho” com aspirações a se tornar um “tubarão” no cenário internacional, e ele vê boas oportunidades para que isso aconteça. Sua assessoria internacional argumenta que o cenário global está mudando, especialmente após a expansão do grupo BRICS, liderado pela China, e que o Brasil tem a chance de desempenhar um papel mais significativo no mundo.
Lula também tem expressado críticas aos Estados Unidos, que ele considera responsáveis pela ordem internacional que limita o Brasil a um papel secundário. No entanto, ele acredita que o G-7, um clube exclusivo de nações ocidentais, já não tem a mesma relevância, e o G-20 permite que os países do “Global South” (países em desenvolvimento) tenham mais igualdade de voz.
No entanto, essa visão de Lula também coloca o Brasil em uma situação delicada. O país faz parte do mundo ocidental devido à sua história, cultura e valores, mas também depende da China como principal mercado para suas exportações de commodities. Além disso, muitos aspectos tecnológicos, de segurança e defesa do Brasil dependem de países ocidentais.
O atual cenário geopolítico, com a rivalidade entre China e EUA, coloca o Brasil em uma posição complicada, já que precisa manter relações com ambas as superpotências. A guerra fria entre essas duas potências tem implicações globais e pode levar a conflitos imprevisíveis.
Portanto, a visão de Lula de que o Brasil pode adotar uma postura de equidistância no cenário internacional, sem se comportar como um “bagrinho”, é um desafio complexo, considerando as complexidades das relações internacionais e as pressões geopolíticas em jogo.
Durante a campanha, em 2022, Lula disse que poria fim a guerra entre Rússia e Ucrânia tomando uma cervejinha num bar. Mas foi Ignorado por Zelenski, durante discurso na ONU, após várias falácias e contradições em seus discursos pelo mundo.
Em seu discurso, generalista e considerado releituras antigas próprias, não abordou nenhum problema atual com contundência, como é característico de um líder forte. Afinal, ele é apenas um “Bagrinho”.