O juiz Marllon Sousa, auxiliar da 7ª Vara Federal/DF, deu um prazo de cinco dias para o governo se manifestar sobre uma ação de deputados que questiona a possível compra de um novo avião presidencial.
Em resposta, o Palácio do Planalto afirmou que não foi intimado da decisão e que não há decisão de adquirir um novo avião. Caso isso seja decidido, o processo será público e conduzido pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Os deputados alegam que há risco de “gravíssimo dano ao erário público, desvio de finalidade e afronta ao princípio da moralidade” na aquisição de um novo avião para servir às necessidades da Presidência da República e pedem que o Judiciário suspenda eventual compra.
O atual avião presidencial é um Airbus ACJ-319, utilizado pelos presidentes desde 2005. O presidente Lula solicitou a troca desse modelo devido ao seu alcance limitado de 8.500 km, que demanda escalas em viagens para destinos mais distantes. No entanto, ainda não há uma decisão definitiva sobre a compra de um novo avião.
A aquisição de aeronaves presidenciais no Brasil costuma gerar debate e polêmica, como ocorreu com a compra do “Aerolula” em 2005. O processo de compra e a escolha do modelo são questões sensíveis e sujeitas a avaliações políticas e públicas.
O petista reivindica outra aeronave mais confortável. De acordo com as estimativas da FAB a que o jornal O Estado de São Paulo (Estadão) teve acesso, a opção mais barata para atender o desejo de Lula poderá custar de US$ 70 milhões a US$ 80 milhões, o que equivale a quase R$ 400 milhões.
Na nova configuração desejada por Lula, o avião deverá ter 100 assentos semi-leitos, um escritório privativo e uma suíte com cama de casal e banheiro com chuveiro.
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