O historiador e membro do PCdoB, Sayid Marcos Tenório, que também atua como vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, será demitido do cargo comissionado que ocupa na Câmara dos Deputados após fazer comentários zombando de uma mulher israelense sequestrada pelo grupo Hamas. Essa informação foi confirmada pelo deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), que é o superior hierárquico de Tenório.
Jerry declarou: “Por considerar extremamente grave a manifestação do Marcos Sayid Tenório em postagem referente a foto de uma mulher agredida por integrantes do Hamas, determinei a imediata demissão dele do quadro de minha assessoria na Câmara dos Deputados”. O deputado também expressou “reprovação e veemente repúdio” à posição de Tenório, enfatizando que seus comentários representam uma opinião “absolutamente individual.”
Tenório ocupava uma posição na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, da qual o deputado maranhense é presidente. Anteriormente, ele trabalhou no gabinete de Jerry em uma posição comissionada com um salário mensal bruto de R$ 21 mil, um dos mais altos na Câmara.
O incidente envolveu um comentário de Tenório em resposta a um vídeo de uma mulher sequestrada pelo Hamas, que gerou um debate nas redes sociais sobre o possível estupro. Tenório zombou da situação, usando linguagem inadequada. Embora ele tenha reconhecido que seu tom estava inadequado, ele endossou a postura do Hamas e afirmou que o grupo age “dentro da legalidade internacional.” Após ser procurado por jornalistas, Tenório excluiu seu perfil no Twitter, que tinha 51 mil seguidores.
É importante ressaltar que Tenório não tem raízes palestinas, embora seja um militante do tema. Seus comentários e artigos em outros locais geraram controvérsia em relação ao conflito entre Israel e Palestina.
O conflito recente, com ataques do Hamas e retaliações israelenses, resultou na morte de 1,8 mil pessoas, a maioria civis. A ONU classificou a ofensiva como “abominável” e condenou os atos terroristas do Hamas, enquanto reconheceu os anseios palestinos por um Estado próprio.
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