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quarta-feira, setembro 18, 2024
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Ministério dos Direitos Humanos Questiona Credibilidade do Me Too Após Denúncia Contra Silvio Almeida

Em nota oficial, pasta alega que acusações de assédio sexual são retaliação por disputa de licitação e levanta dúvidas sobre a idoneidade da organização.

Na última sexta-feira (6), o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) divulgou uma nota afirmando que o histórico da entidade Me Too é “controverso”. A declaração veio após a organização confirmar, na quinta-feira (5), uma denúncia coletiva de assédio sexual contra o ministro da pasta, Silvio Almeida.

“O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania destaca que a organização responsável pela divulgação das supostas denúncias possui um histórico controverso em relação às atribuições desta pasta”, declarou o MDHC em nota oficial.

Segundo o comunicado, as alegações feitas pelo Me Too Brasil teriam sido motivadas por uma retaliação após a recusa de um processo de licitação por parte do ministério.

“A Me Too esteve em negociações em 2023 com as gestoras da coordenação-geral do Disque 100, solicitando mudanças indevidas no formato da licitação vigente no MDHC. A organização se posicionou contra a separação dos serviços ‘Ligue 180’ e ‘Disque 100’, que ocorreu após a divisão da pasta em relação ao Ministério das Mulheres. Mesmo assim, houve tentativas da organização de influenciar o processo licitatório do Disque 100, visando atender seus interesses nas negociações”, afirmou a nota.

Além disso, o ministério acusou a ONG de fazer “uso indevido da justiça” e sugeriu que poderiam haver “interesses escusos” relacionados aos recursos da administração pública.

“As denúncias anônimas, infundadas e sem materialidade sobre questões de assédio refletem um modus operandi que se repete. A população brasileira merece uma investigação imparcial e responsável para garantir a justiça e a integridade das pessoas envolvidas, assim como das instituições democráticas”, concluiu o MDHC.

Investigação A Polícia Federal (PF) já abriu um inquérito para investigar as alegações, e a Comissão de Ética do governo concedeu um prazo de 10 dias para que o ministro apresente sua defesa.

Alguns membros do governo consideram a posição do ministro insustentável, incluindo o presidente, que afirmou ser improvável a permanência de Silvio Almeida no cargo.

“O que posso adiantar é o seguinte: alguém que pratica assédio não ficará no governo. Mas é preciso garantir o direito à defesa e a presunção de inocência. O ministro tem o direito de se defender”, disse Lula à Rádio Difusora, de Goiânia (GO).

Quando questionado sobre um possível afastamento temporário do ministro até o fim das investigações, Lula afirmou que tomaria essa decisão na tarde de sexta-feira.

Resposta do ministro Em nota, o ministro Silvio Almeida repudiou com veemência as acusações, classificando-as como “mentiras” sem “materialidade”, baseadas em “ilações”. Ele afirmou que o objetivo das acusações é prejudicá-lo e bloquear seu futuro.

Além de divulgar um comunicado, o ministro acionou o poder judiciário para investigar as alegações e solicitou que a ONG Me Too esclareça as acusações feitas.

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